Uma nova greve unificada promete parar a cidade de São Paulo nesta terça-feira (28). Os funcionários do Metrô, CPTM, Fundação Casa, Sabesp e os professores da rede estadual convocaram uma paralisação para amanhã.
De acordo com o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, o movimento é um reflexo da insatisfação dos trabalhadores em relação à gestão do governador Tarcísio de Freitas.
As principais críticas são dirigidas à política de privatização e terceirização dos serviços de transporte público, saneamento básico e distribuição de água.
As demissões de funcionários ocorridas depois das últimas paralisações também motivaram a greve desta terça-feira, de acordo com o sindicato.
Cinco trabalhadores do Metrô foram demitidos na esteira da paralisação de 3 de outubro. Os grevistas exigem que os funcionários sejam reintegrados.
Além disso, eles reivindicam a realização de uma consulta popular sobre as privatizações promovidas pela atual gestão.
O corte de verbas na educação foi outra questão apontada pela categoria. “O governador Tarcísio de Freitas quer destruir os serviços públicos em São Paulo”, afirmaram em nota.
- A DINHEIRISTA - Posso deixar meu marido sem herança? Estou muito doente e ele se recusa a cuidar de mim!
O que será afetado pela greve?
As categorias que anunciaram adesão à paralisação programaram uma assembleia nesta quarta-feira, às 16 horas, com votação simbólica, em frente à Câmara Municipal de São Paulo.
A greve deve afetar as linhas 1- Azul, 2- Verde, 3- Vermelha e 15- Prata do Metrô. Os sindicatos das linhas 11- Coral, 12- Safira e 13- Jade da CPTM já confirmaram a paralisação pela rede social X (ex-Twitter). No entanto, as linhas 10- Turquesa e 7- Rubi também devem ter suas atividades suspensas.
O sindicato dos metroviários chegou a propor a suspensão da greve caso o governo aceitasse a circulação com catraca livre.
Tarcísio de Freitas negou a possibilidade e acionou a Justiça contra a paralisação, pedindo que 100% dos funcionários trabalhem nos horários de pico e 80% no restante do dia. O governador também anunciou ponto facultativo nesta terça-feira (28).
Consequências da greve: ponto facultivo e Provão Paulista adiado
A paralisação dos trabalhadores da CPTM e Metrô levou o Governo de São Paulo a decretar ponto facultivo amanhã.
Segundo comunicado oficial do Palácio dos Bandeirantes, o objetivo é "reduzir os prejuízos à população, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados para a data da greve".
Vale destacar que a segurança pública não será afetada, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato.
Já as consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais serão reagendadas, assim como os serviços do Poupatempo.
Outro adiamento em função da greve é o do Provão Paulista, vestibular seriado voltado para alunos da rede pública do estado.
O exame seria realizado na terça (28) e na quarta-feira (29). Além da dificuldade de locomoção causada pela greve dos transportes públicos, a paralisação dos professores estaduais, que aplicam a prova, impede a realização do exame.
O anúncio do adiamento do Provão Paulista já havia sido feito na última sexta-feira (24). Na ocasião, Tarcísio de Freitas afirmou que “a irresponsabilidade e a inconsequência dos grevistas prejudicam diretamente 1,2 milhão de estudantes inscritos para as provas, que começariam justamente no dia 28”.
Os alunos que realizariam a prova durante a greve, agora, participarão do exame na quarta (29) e na quinta-feira (30).