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Fundador da Squadra, gestora que revelou fraude no IRB, conta por que mantém distância de small caps e estatais como a Petrobras (PETR4)

Guilherme Aché, sócio fundador da Squadra Investimentos, e Florian Bartunek, fundador da Constellation Asset Management

Guilherme Aché, sócio fundador da Squadra Investimentos, e Florian Bartunek, fundador da Constellation Asset Management

Ainda que as “pequenas notáveis” da bolsa brasileira atraiam investidores pelo potencial de valorização, os sócios fundadores de duas das principais gestoras do mercado correm na direção contrária das small caps — e de estatais como a Petrobras (PETR4).

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Os economistas Guilherme Aché, sócio fundador da Squadra Investimentos, e Florian Bartunek, fundador da Constellation Asset Management, foram os convidados do episódio #60 do Market Makers.

A Squadra firmou-se como uma das mais vencedoras gestoras de ações do Brasil e atualmente administra mais de R$ 10 bilhões em ativos. Mas foi alçada à fama no mercado quando revelou as fraudes contábeis no IRB (IRBR3) — e lucrou muito operando vendido (short) nas ações. 

Quando o assunto é buscar uma ação para comprar no mar da B3, a tarefa de encontrar uma pérola no mar de small caps não é fácil, segundo Aché.

“Na maioria das vezes, a qualidade dos negócios de small caps nem é tão boa assim. A empresa menor tem menos recursos. Então muitas vezes o time de gestão não é tão bom quanto quando é uma empresa maior.”

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Embora não goste de investir em small caps, o sócio da Squadra diz que tampouco se arrisca a ficar short, com aposta na queda dos papéis

“Infelizmente, também não dá para shortear porque elas não têm liquidez. Na prática, a gente tem pouco investimento em empresas menores pelo problema de liquidez: é difícil comprar, é difícil vender e às vezes ainda é difícil acompanhar”, afirma.

Sócio fundador da Constellation e um dos gestores mais experientes do mercado, Florian Bartunek faz coro ao colega da Squadra e diz que pouca gente ganhou dinheiro com small caps na história do Brasil.

“Se ela é small cap, é por que tem motivo para ser small cap. Algumas empresas conseguem sair do campo gravitacional do Brasil e viram mid ou large caps, mas tem que ser algo muito especial.”

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Vale ressaltar que Aché não revelou detalhes da última carta da Squadra sobre o primeiro semestre de 2023 durante o podcast, uma vez que o episódio foi gravado antes da publicação do documento.

Confira a conversa na íntegra:

Gestores fogem das empresas estatais

Além das small caps, Guilherme Aché e Florian Bartunek explicam por que viram o nariz para empresas estatais listadas na bolsa, como é o caso da Petrobras (PETR4).

“Eu já ganhei dinheiro com estatal e já perdi também. Mas não vale a pena. É muita dor de cabeça”, disse Aché, em entrevista aos apresentadores Renato Santiago e Thiago Salomão.

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Para o fundador da Squadra, ainda que as estatais costumem ser mais baratas do que as empresas privadas do mesmo setor, “o mercado exagera”. 

Ainda que o gestor da Constellation também seja mais conservador em relação às estatais, Bartunek destaca uma vantagem das empresas em relação às concorrentes privadas: a segurança.

“Geralmente, ela não quebra. As empresas são longevas e não devem quebrar, porque o Estado é dono e emite e capitaliza a companhia.”

“Mas estatal também tem coisas que acontecem que são imprevisíveis e geralmente destroem valor”, ressalta, citando as potenciais interferências do governo nas políticas das empresas.

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Veja o bate-papo completo. É só dar play aqui:

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