Desde que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o Palácio do Planalto, a relação com o Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto, não é das melhores.
O petista considera o patamar dos juros, em 13,75% ao ano, muito elevado e vira e mexe pressiona a autoridade monetária a baixá-lo, colocando em xeque a autonomia e transparência do BC brasileiro.
Há quem diga também que a enxurrada de críticas de Lula à política monetária não tem a ver apenas com a Selic — estaria ligada ao fato de Campos Neto ter sido indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o principal rival político do atual chefe do Executivo.
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A vez de Campos Neto
Se, quando o assunto é taxa de juros, Campos Neto evita ao máximo o bate-boca com Lula e membros do governo — pelo menos publicamente — quando se trata de câmbio, o presidente do BC não fica quieto.
Enquanto o governo Lula defende a criação de uma moeda comum para as trocas comerciais dentro do Mercosul, com o restante da América do Sul e até mesmo com os países dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), pensa diferente.
Nesta sexta-feira (2), o presidente do BC disse que esse tipo de ideia é antiga e busca endereçar uma questão que não existe mais.
"Se você acredita no avanço dos pagamentos digitais e na digitalização de processos, você não precisa de uma moeda comum para ter essa eficiência comercial", afirmou Campos Neto.
"Mas os governos em geral ainda são muito analógicos", acrescentou.
A ideia de Lula
Lula defendeu a criação de uma moeda em comum para operações comerciais entre países da América do Sul mais de uma vez.
Segundo ele, a divisa aprofundaria a identidade sul-americana também na área monetária, além de reduzir a dependência de moedas extrarregionais.
O petista chegou até a brincar com essa ideia ao dizer que tem inveja da Europa.
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*Com informações do Estadão Conteúdo