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Com desemprego em queda, Brasil bate recorde e número de trabalhadores ocupados ultrapassa 100 milhões pela primeira vez

Carteira de trabalho e bandeira do Brasil

A taxa de desemprego deve desagradar o investidor local, enquanto o exterior navega nas máximas históricas

Os anos de pandemia trouxeram o medo de perder o emprego, com empresas diminuindo o quadro de funcionários e as taxas de desemprego chegando a 14,7% no trimestre encerrado em março de 2021.

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Porém, parece que os brasileiros acordaram do pesadelo. O índice de trabalhadores ocupados não está apenas aumentando, como tem quebrado recordes. 

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (30), o Brasil ultrapassou a marca de 100 milhões de trabalhadores ocupados pela primeira vez desde o início da série histórica.

Segundo o levantamento, o número recorde alcançado neste trimestre foi de 100,2 milhões de pessoas, um acréscimo de 862 mil nos últimos três meses.

Já a taxa de desemprego alcançou o menor patamar desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando o percentual era 7,5%. O índice no trimestre de agosto a outubro deste ano ficou em 7,6%. 

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E não parou por aí. O número de desocupados caiu 261 mil, atingindo 8,3 milhões de pessoas, com recuo de 3,6% ante o trimestre anterior. 

A tempestade passou? Quedas das taxas de desemprego e expectativas 

Os índices de desemprego no país já vinham caindo desde o trimestre encerrado em abril de 2023, quando o percentual foi de 8,8% para 8,5%. 

Já o recorde de menor patamar desde 2015 tinha sido conquistado no terceiro trimestre deste ano, quando a taxa chegou a 7,7%.

O índice atual de 7,6% veio de acordo com as expectativas do mercado, segundo a Bloomberg. A taxa representa recuo de 0,3 ponto percentual em relação à média de maio a julho de 2023. No mesmo período do ano passado, o índice era 8,3%.

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Menos desemprego e de carteira assinada

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) chegou a 37,4 milhões, o maior desde janeiro de 2015. 

Esse dado representa saldo positivo de 587 mil pessoas, uma alta de 1,6%, com carteira assinada nos últimos três meses.

O número de trabalhadores por conta própria alcançou 25,6 milhões de pessoas, um aumento de 317 mil na mesma comparação. 

“Isso mostra que tanto empregados quanto trabalhadores por conta própria contribuíram para a expansão da ocupação no trimestre”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

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A taxa de informalidade foi de 39,1% da população ocupada, o que representa 39,2 milhões de trabalhadores informais. O índice ficou estável em relação ao ano passado.

Além da carteira assinada, o rendimento médio

O rendimento médio real do trabalhador foi estimado em R$ 2.999. O valor teve alta de 1,7% ante o trimestre encerrado em junho. 

Já em relação ao mesmo período do ano passado, representa um aumento de 3,9%. É a maior cifra desde o trimestre encerrado em julho de 2020, quando o valor foi de R$ 3.152. 

O IBGE atribui essa evolução à expansão continuada entre ocupados com carteira assinada, ocupação que normalmente possui rendimentos maiores. 

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“A leitura que podemos fazer é que há um ganho quantitativo, com aumento da população ocupada, e qualitativo, com o aumento do rendimento médio", diz Beringuy.

*Com informações da Agência Brasil

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