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Conheça a ação preferida da carteira do novo capitão do fundo Verde, de Luis Stuhlberger

Luis Stuhlberger, gestor do fundo Verde

Luis Stuhlberger, gestor do fundo Verde

Considerado um dos maiores gestores da história, Luis Stuhlberger há algum tempo vinha sendo questionado se a sua capacidade de transformar “água em vinho” nos investimentos teria chegado ao fim, dado o desempenho do fundo da Verde Asset em 2021, quando perdeu dinheiro pela primeira vez desde 2008.

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No ano passado, Stuhlberger fez uma mudança importante na equipe e trouxe para a Verde um novo gestor de ações.

Quem entrou para o time de renda variável foi Elmer Ferraz, que ocupou o lugar de Pedro Salles, responsável pela gestão de ações na Verde desde 2009.

Com mais de 20 anos no mercado, Ferraz teve passagens no Safra e na Itaú Asset, onde participou da evolução do fundo Dunamis, que nasceu com R$ 800 mil e atingiu o patamar de R$ 5 bilhões. No final de 2022, ele decidiu trocar a Itaú pela Verde.

Novo capitão do fundo de Stuhlberger, o gestor foi o convidado do episódio #38 do Market Makers e abriu todos os detalhes sobre a tese de investimentos da Verde Asset em ações.

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Você confere o podcast na íntegra aqui:

A ação brasileira queridinha da Verde Asset

Responsável pelo time de renda variável da Verde, Elmer Ferraz revelou, em conversa com os apresentadores Thiago Salomão e Renato Santiago, uma ação brasileira que vê potencial: a produtora de papel e celulose Suzano (SUZB3).

“É uma commodity de volatilidade baixa, a demanda de celulose é quase um reloginho, você tem o maior mercado consumidor na Europa e o maior importador em crescimento marginal, a China”, destaca Ferraz.

O gestor ainda ressalta a dolarização das receitas da Suzano, ou seja, a companhia não tem praticamente nenhuma correlação com a instável economia brasileira.

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Mas por que o mercado aparentemente não está dando bola para a Suzano? No ano, os papéis da companhia acumulam queda de quase 15% na B3.

“É um pouco do investidor ter capacidade de aguentar a dor de curto prazo sabendo que é impossível entender perfeitamente o momento em que o negócio vai começar a precificar”, afirma o gestor da Verde. “Eu não sei quando os outros vão pagar, mas eu sei que eu estou disposto a ter esse risco no meu portfólio.”

Escute aqui a conversa na íntegra:

Brasil perde mais uma oportunidade

Em conversa com os apresentadores Thiago Salomão e Renato Santiago, Elmer Ferraz destaca a habilidade do Brasil de não comparecer às festas em que é convidado. “O Brasil é especialista em perder grandes oportunidades”.

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Isso porque, na visão do gestor da Verde, o Brasil estava preparado para deslanchar no último ano. “Era para a gente estar, em termos absolutos, bem melhor. Acho que a gente só não foi pior porque o resto dos emergentes até que foram bem”, conta.

“O Brasil começou a vacinação muito atrasada, só que ele vacinou, reabriu, a economia aqueceu, subiu o PIB, veio a inflação e um baita aperto monetário. A gente começou depois, mas o ciclo [de alta de juros] aqui foi mais curto.”

Para Ferraz, o movimento de reorganização das cadeias produtivas no mundo por conta da pandemia iria favorecer o Brasil. “Na época, pensava ‘O Brasil vai estar longe de qualquer conflito, já estava ajustado economicamente, o fiscal não era bom, mas não era uma bomba, estava barato, tinha energia”.

O que atrapalhou o Brasil, então? O gestor acredita que o principal vilão no desempenho do país foram os ruídos, especialmente no que diz respeito ao fiscal brasileiro.

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“Todo o começo de governo tem muito ruído, mas esses começam a preocupar bastante. Hoje, o que a gente pode esperar do Brasil é um cenário de muito mais gasto. Então seria um país com muito mais gasto, mais inflação, menos produtividade e menos crescimento. Os ruídos apontam nessa direção.”

Análise da Verde Asset sobre a macroeconomia

Na visão de Elmer Ferraz, da Verde Asset, é preciso analisar o cenário externo antes de tomar qualquer decisão de investimento — e, no momento atual, isso implica olhar atentamente para os Estados Unidos, a China e a Europa.

“Acho que o principal ponto que está acontecendo é [relacionado com] os Estados Unidos de alguma maneira. A ideia central é que a gente está na parte final do ciclo de volatilidade, que é quando várias fragilidades são mostradas nas empresas. A Europa de alguma maneira vem alinhada a isso com a guerra na Ucrânia, aí tem a explosão dos preços de energia que cria uma complexidade um pouco maior”, explica o gestor.

A questão na China é diferente dessas duas regiões, porém. Isso porque, de acordo com o chefe de ações do fundo de Stuhlberger, o país asiático atualmente vivencia um momento de pressão para cima. 

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“A China depois de ter ficado fechada, desde o covid até o ano passado, teve medidas mais contundentes de abertura no final do ano. Então, [o país] vem numa aceleração muito grande que se contrapõe à pressão negativa de desaceleração econômica nos Estados Unidos”, afirma Ferraz.

“Do ponto de vista Global, a gente tem essas três peças se movendo de maneira diferente, porque não estão na perfeita sincronia, mas o chuto que o que mais pesa, no final das contas, é o momento norte-americano.”

Clique aqui para assistir ao vídeo no YouTube:

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