A onda de NFTs, os certificados digitais que movimentaram o mundo das artes em 2021, perdeu força no ano passado — na verdade, o setor esfriou ao ponto de registrar uma queda de preços de mais de 95%. O momento de fúria chegou ao seu ápice em junho deste ano com a destruição de algumas obras.
E não, não se trata de uma perseguição ao mundo das artes. Acontece que os artistas estão “migrando” suas obras da blockchain do ethereum (ETH) para a rede do bitcoin (BTC), por meio do protocolo Ordinals.
A coleção CryptoPunks já começou essa migração — e já “destruiu” a obra #8611, que já foi vendida por US$ 95 mil. Essa unidade já foi recriada no protocolo Ordinals do bitcoin com a inscrição 12.456.749.
O idealizador desse projeto é Nathan Stein, desenvolvedor da Wolf Capital, que também é apoiado pelos criadores do Bitcoin Bandits NFT. A ideia é popularizar o protocolo Ordinals da rede do BTC.
Esse protocolo facilita a criação de NFTs na blockchain do bitcoin. Mas a popularidade desse mecanismo foi tão grande que acabou congestionando a rede.
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Existe chance dos NFTs serem destruídos para sempre?
Essa migração é feita de maneira automatizada. Em linhas gerais, foi criada uma ponte entre a blockchain do BTC e do ETH que destrói a obra em uma blockchain e a recria em outra — também conhecida como teleburning.
Além de criar essa cópia no protocolo Ordinal do BTC, esse mecanismo de mão única evita que sejam recriados os mesmos NFTs na rede do ethereum. Ainda que isso aconteça, o novo token não terá os mesmos privilégios da coleção original, segundo os criadores.
A coleção dos CryptoPunks chegou a movimentar mais de US$ 230 milhões no ápice da febre por NFTs. Uma única unidade pode valer até US$ 258 mil — o jogador Neymar chegou a pagar mais de US$ 1 milhão por um NFT de outra coleção famosa, o Bored Ape Yacht Club.