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Não arrume sarna para se coçar na bolsa. Conheça uma história monótona, mas bastante lucrativa

Imagem: iStock/ Montagem: Julia Shikota

Você já deve ter ouvido a expressão "procurar sarna pra se coçar". Ela descreve bem aquelas pessoas que não conseguem ficar longe de um problema.

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Se a vida está tranquila demais, o sujeito logo arranja uma obra para fazer em casa, se reaproxima de um parente folgado que só traz problema e por aí vai.

Pois saiba que isso também acontece no mundo dos investimentos — e com uma frequência bem maior do que você imagina.

Aliás, há boas chances que você goste de uma sarna para se coçar em seus investimentos e nem saiba disso.

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Boa parte dos investidores gosta de empresas problemáticas

Praticamente todas as perguntas que eu recebo de amigos e leitores são sobre empresas que estão bem longe de trazer paz de espírito aos seus acionistas.

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"Ruy, Casas Bahia é uma boa depois da queda de 90%?", "O que você acha de Lojas Americanas com a Recuperação Judicial?", "Estou pensando em investir em Oi, você acha que ela vai quebrar?"…

Repare que as próprias perguntas já deixam indícios de sérios problemas. Mas vocês gostam de uma sarna para se coçar, o que eu posso fazer?

Eu entendo que, algumas vezes, empresas envolvidas em problemas conseguem dar a volta por cima, o que faz as ações atingirem retornos de três ou quatro dígitos quando isso acontece.

Mas isso é muito menos frequente do que você imagina, e na maioria das vezes investir em uma empresa que está passando por problemas vai te trazer apenas prejuízo e muita "coceira".

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Bolsa não é cassino

A minha teoria para esse interesse em "problemas" é que na hora de investir em ações as pessoas estão mais interessadas na adrenalina do que propriamente em bons retornos. Elas tratam investimentos como cassino.

Elas preferem a pequena chance de poder ganhar muito dinheiro, apostando em reviravoltas, do que investir em empresas boas, com teses monótonas, mas que dificilmente vão fazê-las perderem dinheiro no longo prazo.

Pegue o exemplo da Vivo (VIVT3). Se você quer adrenalina, essa ação definitivamente não é para você, já que raramente temos grandes novidades envolvendo a companhia.

O negócio é bastante estável, não cresce muito mas cresce, o endividamento é baixo… enfim, praticamente todas as características de uma história que chega a dar sono.

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Mas quem disse que isso é ruim para o seu bolso? Em 2023, ano em que muitas empresas despencam na bolsa, as ações da Vivo sobem 30%!

Os bons resultados da Vivo (VIVT3)

Aliás, nesta semana a companhia apresentou os resultados do terceiro trimestre de 2023, sem grandes surpresas, mas com crescimento em praticamente todas as linhas, mesmo com as condições macro ainda muito difíceis e a Selic acima de 12% ao ano.

Enquanto isso, boa parte das empresas da bolsa está sofrendo para entregar números minimamente razoáveis no 3T23. 

Essa estabilidade de resultados da Vivo também traz outra vantagem para os acionistas: dividendos!

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Depois de alguns anos com investimentos pesados em 5G, fibra e na compra de ativos da Oi, o que atrapalhou um pouco a remuneração dos acionistas, a Vivo deve voltar a distribuir bons dividendos nos próximos anos, ajudada pelo seu fluxo de caixa bastante previsível. 

Por esse motivo, a companhia está na lista das 5 melhores ações de dividendos da Empiricus. Se quiser conferir a lista completa gratuitamente, deixo aqui o convite

Um grande abraço e até a próxima semana!

Ruy

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