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Santander vê alta da bolsa ainda no início e revisa para cima a projeção para o Ibovespa no fim do ano

Touro com óculos na frente do logo da B3, bolsa brasileira | Ibovespa

Um consenso parece estar se formando entre os analistas do mercado financeiro: o Ibovespa em 140 mil pontos ao final de 2023. O que muda é a forma com a qual o principal índice de ações da bolsa brasileira dará o salto do patamar atual de 116 mil pontos para entregar um retorno de 17%

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O Santander, por exemplo, vê a recente melhora nos dados macroeconômicos e de sentimento como um sinal de que as partes complexas do cenário de investimentos estão começando a se alinhar, criando um quadro mais coerente e promissor para as ações brasileiras. 

“Acreditamos que podemos estar nos estágios iniciais de um bull market cíclico no Brasil, que pode durar até 18 meses”, diz Aline Cardoso, analista do Santander, em relatório. 

Os pilares da tese do Santander e os riscos

A tese do Santander do estágio inicial do bull market no Brasil é baseada nas seguintes percepções: 

Entre os riscos para essa tese está a queda dos preços de commodities, que impactaria negativamente as contas fiscais do Brasil e o real. 

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Além disso, a proposta de implantação de impostos sobre dividendos e eliminação do benefício de juros sobre capital próprio (JCP) também pesam negativamente. 

Por último, se o crescimento econômico desacelerar significativamente, o Santander vê o governo usando bancos estaduais, como BNDES e a Caixa Econômica Federal (CEF), para reativar a expansão por meio de empréstimos subsidiados — o que poderia prejudicar bancos privados e empresas. 

O contraponto para o Ibovespa

Assim como o Santander, a Guide Investimentos também projeta o Ibovespa a 140 mil pontos, com retorno de 17% ao final do ano. A diferença é que a casa de análise reduziu sua projeção para o principal índice de ações da bolsa brasileiro, que anteriormente era de 150 mil pontos. 

A redução se deve a dois fatores principais: juros maiores do que na projeção anterior e preços menores das commodities — o que reduz o potencial de apreciação de boa parte do Ibovespa, segundo a Guide. 

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Fernando Siqueira, head de research da Guide, explica que apesar da expectativa de queda dos juros contribuir para a valorização do Ibovespa nos últimos dias, a projeção anterior contemplava uma queda da Selic a partir do segundo trimestre, o que não ocorreu. 

Além disso, a queda das commodities — tanto minério de ferro quanto petróleo, as duas commodities mais relevantes para nossa bolsa — foi mais acentuada do que esperávamos. 

Apesar da redução das projeções para o Ibovespa, a Guide ainda vê um potencial de valorização elevado para o Ibovespa ao longo de 2023.

“Apesar da revisão, ainda vemos espaço para valorização do Ibovespa nos próximos meses e em particular valorização das small caps”, diz Siqueira.

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