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Azul (AZUL4) despenca e anota maior queda do Ibovespa na semana com renegociação de dívidas e rebaixamento de nota de crédito

Azul Linhas Aéreas AZUL4

O caso Americanas (AMER3) — que começou com a descoberta de um rombo contábil bilionário e terminou com um pedido de recuperação judicial — deixou o mercado mais cauteloso com as perspectivas para as empresas brasileiras. Ainda mais com aquelas que estão endividadas, como é o caso da Azul (AZUL4).

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A companhia aérea recuou mais de 11% na última semana e registrou a maior queda do Ibovespa no período. O mau desempenho ocorreu em um momento no qual ela busca renegociar a dívida que acumulou nos últimos anos e sofreu novo rebaixamento em sua avaliação de crédito.

Confira abaixo como ficou a ponta negativa do principal índice acionário brasileiro:

EmpresaVariação
Azul (AZUL4)-11,58%
PRIO (PRIO3)-10,62%
3R Petroleum (RRRP3)-10,61%
Braskem (BRKM5)-9,02%
Magazine Luiza (MGLU3)-8,27%
Fonte: TradeMap

Já entre as maiores altas o destaque ficou as ações da Hapvida (HAPV3). A companhia, considerada "líquida e barata" pelos analistas, foi beneficiada pelo forte fluxo de capital estrangeiro registrado na B3 nesta semana e também pelo otimismo generalizado com o setor de saúde.

Veja as maiores altas do Ibovespa na semana:

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EmpresaVariação
Hapvida (HAPV3)+12,11%
Via (VIIA3)+10,24%
Bradesco (BBDC4)+10,02%
Soma (SOMA3)+9,18%
Tim (TIMS3)+8,06%
Fonte: TradeMap

Dívidas e risco de calote derrubaram Azul (AZUL4)

De volta à Azul, a empresa tem de pagar R$ 3,8 bilhões aos arrendadores de aviões e R$ 700 milhões aos bancos em 2023, segundo fontes do mercado.

Do total devido, R$ 3,2 bilhões são referentes ao aluguel anual das aeronaves e R$ 600 milhões ao valor postergado durante a pandemia. Segundo pessoas próximas às conversas, a intenção é fechar um acordo ainda nesta semana.

Em tratativas com investidores, a companhia já havia sinalizado a intenção de levantar capital no mercado financeiro para aliviar sua situação.

A dificuldade para acessar investimentos, porém, levou a Azul a renegociar com arrendadores e bancos. A Seabury Capital, empresa americana que trabalha com a aérea há alguns anos, está à frente das renegociações.

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O acordo que vem sendo negociado envolve não apenas o pagamento do aluguel dos aviões deste ano, mas também o dos próximos: há uma tentativa para reduzir o valor anual.

Além disso, a aérea também sofreu um novo rebaixamento em sua avaliação de crédito. Depois da Fitch colocá-la perto do nível de calote, a Moody's também desceu o rating da companhia de 'B3' para 'Caa2', com perspectiva negativa.

"O rebaixamento do CFR da Azul para reflete o maior risco de liquidez da empresa e as consideráveis necessidades futuras de refinanciamento", afirmou a agência de classificação de risco em comunicado.

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