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Locatário importante do FII ONEF11 pede rescisão antecipada do contrato; fundo recusou proposta por sua participação recentemente

Foto da fachado do empreendimento The One, que dá nome ao fundo imobiliário ONEF11

Pouco mais de uma semana após recusar uma nova proposta para a venda de sua participação no edifício The One, o fundo imobiliário homônimo — que negocia na B3 com o ticker ONEF11 — descobriu que perderá um locatário importante no próximo ano.

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O FII foi notificado pela Turner, que ocupa dois dos quatro pavimentos que o fundo detém no ativo, a respeito de uma rescisão antecipada do contrato de aluguel. Com isso, as cotas do ONEF11 são penalizadas nesta sexta-feira (14) e, por volta das 13h35, operavam em queda de 1,5%, a R$ 191.

A companhia deve devolver cinco conjuntos que totalizam 1,5 mil metros quadrados, mas manterá a locação de outros três conjuntos de 962,5 m².

Cumprindo os temos do contrato, a empresa — que faz parte do braço brasileiro do grupo de mídia e entretenimento pertencente à WarnerMedia e operava o antigo canal Esporte Interativo — cumprirá um aviso prévio de 180 dias. Ou seja, seguirá a ocupação integral do espaço até janeiro do próximo ano.

Além disso, a Turner também pagará uma multa proporcional ao período remanescente do contrato que equivale a três aluguéis.

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A conta da rescisão pode chegar aos dividendos do fundo imobiliário

Após a desocupação dos conjuntos, a vacância física do ONEF11 subirá para 26% e o fundo terá um impacto negativo de R$ 0,31 por cota na receita. Mas a Rio Bravo, gestora do FII, não pretende deixar que isso aconteça.

"Iniciaremos prontamente um trabalho ativo de locação dos conjuntos, além de engajar em
negociações com o locatário para que a devolução ocorra com layout e infraestrutura montada e adequada para futuras locações, o que acreditamos que aumentará a liquidez do espaço", diz o comunicado enviado ao mercado.

A Rio Bravo destaca que a localização do imóvel, na região da Avenida Faria Lima, tem alta demanda e taxa de vacância baixa, de cerca de 5,5%. "Ademais, pelo fato da alta qualidade do edifício e a excelente liquidez que ativos deste padrão construtivo vêm demonstrando no mercado nos deixa confiantes na ocupação dos conjuntos até a data efetiva da entrega das chaves."

A gestora focará os esforços de locação no equilíbrio de três frentes que, segundo ela, "são essenciais para a manutenção da qualidade do ONEF11 e da sua geração resiliente de renda recorrente no longo prazo". São elas:

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FII já recusou duas proposta para venda do edíficio

Vale relembrar que o fundo imobiliário recusou recentemente duas propostas do VBI Prime Properties (PVBI11) para a compra dos quatro andares que o ONEF11 possui no edifício.

A mais recente das negativas ocorreu na semana passada. A gestora do FII entendeu que as condições oferecidas não eram "do melhor interesse dos cotistas".

Entre os argumentos para a recusa, a Rio Bravo afirmou que o valor por metro quadrado de R$ 32 mil era apenas 1,59% superior à proposta anterior do PVBI11, recebida em 05 de maio

Além disso, apenas 15% do valor proposto seria efetivamente pago em dinheiro. Os outros 85% do negócio poderiam ser quitados com as cotas do fundo VBI Prime Properties.

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O próprio ONEF11 também tentou aumentar sua participação no empreendimento em junho ao oferecer R$ 57,5 milhões pela fatia do Pátria Edifícios Corporativos (PATC11), que detém seis conjuntos no The One.

A cifra é mesma que constava na primeira proposta recebida e rejeitada pelo ONEF11, mas o FII planejava oferecer condições melhores de pagamento para tentar fechar o negócio.

A venda, porém, foi rejeitada pelos cotistas do PATC11 no início do mês passado e as negociações foram encerradas.

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