RESUMO DO DIA: As bolsas internacionais fecharam em tom negativo nesta terça-feira, com China alimentando a aversão ao risco com dados econômicos mais fracos do que o esperado.
A produção industrial do país desacelerou 3,7% em junho na comparação anual, abaixo das previsões de 4,1%. As vendas no varejo chinês recuaram a 2,5% no mês, também aquém da expectativa.
Em contrapartida, o Banco do Povo da China (BPoC, na sigla em inglês) cortou 15 pontos-base da taxa de empréstimos de médio prazo de um ano, agora a 2,50%.
Além disso, o temor de corte do rating dos bancos regionais nos EUA voltou a pesar sobre Nova York. Mais cedo, a Fitch indicou que pode acompanhar a decisão da Moody's — que revisou para baixo a nota de crédito de dez instituições financeiras de pequeno e médio porte americanas na semana passada.
Por aqui, as atenções voltaram-se a Brasília com os ruídos entre o Legislativo e o Executivo repercutiram após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticar o "excesso de poder" da Câmara dos Deputados, bem como o impasse da apreciação de pautas econômicas no Congresso Nacional.
Os investidores também acompanharam o reestabelecimento da distribuição de energia elétrica ao longo do dia. Pela manhã, um apagão afetou 24 Estados e o Distrito Federal (DF).
Ainda na questão energética, a Petrobras (PETR4) anunciou o reajuste nos preços de diesel e gasolina, que era esperado pelo mercado e aliviou as tensões sobre eventuais interferências políticas nas decisões sobre preços na estatal.
Por fim, os resultados corporativos no segundo trimestre seguiram movimentando os ativos locais.
O Ibovespa fechou com recuo de 0,55%, aos 116.171 pontos, renovando o ciclo com 11 quedas seguidas. O índice registra a pior sequência desde 1984, quando a bolsa registrou 11 baixas consecutivas.
O dólar encerrou a R$ 4,9868, em alta de 0,43%, no mercado à vista.
Confira o que movimentou os mercados nesta terça-feira (15):