A Disney pode estar mais perto dos brasileiros do que se imagina. Isso porque o dólar à vista tocou o patamar de R$ 4,84 nas mínimas desta terça-feira (13). Esse é o menor nível para a moeda norte-americana em pouco mais de 12 meses, segundo dados do Tradingview.
O principal motivo para isso vem lá de fora. Após a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos vir em linha com o esperado pelo mercado, as bolsas internacionais sentiram o aumento de apetite de risco dos investidores.
A queda pode ser ainda maior mais para frente, tendo em vista que, com a inflação controlada, o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) pode decidir por um alívio no aperto monetário. A próxima reunião do Fed acontece nesta quarta-feira (14).
Esse cenário mais favorável aumenta ainda mais o apetite de risco nos próximos meses. Além disso, o fortalecimento das commodities impulsiona os ativos domésticos. O minério de ferro chegou a avançar mais de 2% nas primeiras horas da manhã, enquanto o barril de petróleo Brent — utilizado como referência para os preços da Petrobras — sobe mais de 3,7% hoje.
Por fim, os investidores também reagem ao corte de juros na China. A segunda maior economia do planeta vem dando sinais de arrefecimento e um alívio monetário poderia desencadear uma valorização de ativos mundo afora — especialmente os brasileiros, já que o país é o principal parceiro comercial do Brasil.
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Até onde o dólar vai?
Os analistas do BTG Pactual publicaram um relatório nesta terça-feira em que apostam que o câmbio pode ficar na faixa de R$ 4,80 até o final deste ano.
Os especialistas destacam que o ajuste nas projeções se deve ao avanço da agenda tributária e à “descompressão do prêmio de risco doméstico”. “A aprovação da reforma tributária do consumo reduziria ainda mais o risco País, contribuindo para maior apreciação cambial”, escreve o BTG.
O que pode frustrar esse cenário seria um aumento da carga tributária por parte do governo federal. No entanto, caso o governo consiga cumprir as metas fiscais estabelecidas, o banco aposta na manutenção do dólar fraco frente ao real.
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Água no chope
Apesar de a moeda norte-americana estar em rota de enfraquecimento já há alguns dias, o mercado como um todo mantém o freio de mão puxado.
Na mais recente edição do Boletim Focus, que traz as estimativas do mercado para indicadores macroeconômicos, o câmbio deve encerrar 2023 na faixa de R$ 5,10.
As projeções de especialistas ouvidos pelo Seu Dinheiro também vão nessa linha: dificilmente a moeda norte-americana terminará o ano abaixo do patamar de R$ 5,00.