A BR Partners (BRBI11) lançou uma oferta de ações para a venda da participação das famílias de empresários que colocaram capital na época da criação do banco de investimentos, em 2009.
A oferta pode movimentar até R$ 348 milhões, com base nas cotações das ações da BR Partners no fechamento de ontem (R$ 15,90).
A operação será totalmente secundária, ou seja, os recursos da operação irão para o bolso dos acionistas vendedores. Inicialmente, a oferta será de 16.821.941 units BRBI11, mas se houver demanda pode haver a colocação de um lote extra de 5.045.812 papéis.
Caso a oferta de ações vá adiante, as famílias investidoras vão zerar a participação no banco. Isso porque a holding controladora do banco, liderada por Ricardo Lacerda, já se comprometeu a comprar as ações remanescentes do grupo.
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BR Partners, famílias investidoras e IPO
Criada em 2009 por um grupo de executivos e banqueiros, a BR Partners recebeu um aporte de R$ 140 milhões de um grupo de empresários.
Entre as famílias investidoras estão sobrenomes como Feffer, Vasone, Zogbi, Verdi, Oliveira, Pinheiro, Seripieri, Alves de Queiroz, Limirio, além da empresa Negotio Magni.
A BR Partners chegou à bolsa em 2011 em uma oferta pública de ações (IPO). De lá para cá, as units BRBI11 tiveram altos e baixos, mas neste ano acumulam valorização de pouco mais de 30% na B3.
Assim, a saída das famílias poderia ser um sinal negativo para os investidores. Mas a indicação de que a holding controladora também está na ponta compradora indica que os executivos seguem confiantes no potencial do banco.
Ao mesmo tempo, a operação deve dar mais liquidez para as units da BR Partners na B3. Os bancos BTG Pactual, Itaú BBA, Citi e XP Investimentos são os coordenadores da oferta de ações. A definição do preço por unit acontece no dia 26 de setembro.