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O primeiro trimestre das construtoras: balanço da MRV (MRVE3) divide analistas e EZTec (EZTC3) lidera quedas do Ibovespa após resultados fracos

Montagem com prédios e outros imóveis em construção e guindastes | Fundos imobiliários, incorporadoras, construtoras, ações, MRV

A temporada de balanços do primeiro trimestre está próxima do fim, mas os números divulgados pelas construtoras e incorporadoras da B3 seguem movimentando as cotações do Ibovespa. MRV (MRVE3), Cyrela (CYRE3) e outros nomes do setor liberaram os resultados, mas o destaque no mercado acionário ficou com a EZTec (EZTC3).

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O holofote, porém, não é positivo: por volta das 14h45 desta sexta-feira (12), os papéis da empresa recuavam 6,89%, cotados em R$ 15, e anotavam a maior queda do principal índice acionário brasileiro.

O desempenho da construtora foi negativamente afetado pelo atraso na entrega do empreendimento EZ Parque da Cidade e desagradou os analistas.

Atraso em obras pressiona números da EZTec (EZTC3)

A EZTec explica que os compradores das unidades têm optado por adiantar o pagamento das parcelas, o que gera uma correção maior da multa a ser paga pela empresa e atrapalha as margens.

Esses ajustes foram responsáveis por uma redução de aproximadamente 5,4 pontos percentuais na margem bruta do trimestre, que ficou em 28,4% — queda de 11 p.p. na comparação com o início de 2023.

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Outros indicadores também deixaram a desejar, na visão da Genial Investimentos. “O lucro líquido de R$ 42 milhões veio abaixo do que esperávamos, pressionado pelas maiores despesas com vendas”, cita o relatório da corretora.

Os analistas também atribuem o resultado fraco ao oferecimento de descontos, condições especiais de compra e reprecificação do estoque. A Genial recomenda a manutenção das ações EZTC3, com preço-alvo de R$ 18 — potencial de alta de 20% em relação à cotação atual.

Cyrela (CYRE3) e MRV (MRVE3) também divulgaram resultados

Além da EZTec, as gigantes Cyrela (CYRE3) e MRV (MRVE3) também operam em queda hoje após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre.

A primeira construtora registrou lucro líquido de R$ 164 milhões, alta de 1,1% ante o mesmo período do ano anterior. Já a margem bruta recuou 0,4 p.p, para 30,7%.

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“Entendemos que este resultado não traz novidades na tese de Cyrela, apenas renova nossa confiança na grande capacidade operacional e resiliência da companhia mesmo em momentos macroeconômicos turbulentos”, diz a Genial, que recomenda compra para CYRE3 com preço-alvo de R$ 19 e potencial de valorização de 15,3%.

Já o desempenho da MRV (MRVE3) — cujo lucro líquido caiu 57,2% na base trimestral, para R$ 31 milhões — não foi unânime entre os analistas: enquanto o Itaú BBA destacou que a companhia superou as expectativas do banco em todas as linhas do balanço, a Genial considerou o resultado “novamente fraco”.

“O lucro líquido positivo no trimestre é efeito de reversão de prejuízos, e acontece devido ao registro de um crédito tributário de R$ 188 milhões” explicam os analistas da corretora.

Já o BTG destacou a recuperação da margem bruta, que chegou a 20,9% no trimestre, e diz que a redução da queima de caixa para R$ 121 milhões indica que a MRV está no caminho para entregar uma “virada” nos negócios e recuperar os indicadores.

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As três casas recomendam compra para as ações, mas o Itaú BBA é o menos otimista no cálculo de upside — o preço-alvo do banco é de R$ 10. BTG e Genial, por outro lado, apostam que as ações podem chegar a R$ 15 nos próximos meses, uma alta de quase 68% ante a cotação atual.

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