A Ambipar (AMBP3) movimentou pouco mais de R$ 1 bilhão no IPO que a levou à bolsa em julho de 2020.
Nos dois anos seguintes, a empresa de gestão de resíduos ganhou a fama de “máquina de compras”, tantas as aquisições que se seguiram.
O tempo passou, a janela de IPOs fechou, os juros subiram e agora, pouco mais de um ano depois de sua última grande aquisição, a conta parece ter chegado.
Nesta sexta-feira, a Ambipar lançou uma oferta pública primária por meio da qual pode movimentar até R$ 1,12 bilhão.
Sócio controlador da Ambipar vai exercer direito de preferência
No comunicado, a empresa informa que o fundador, CEO e sócio controlador Tércio Borlenghi Jr. vai exercer seu direito de preferência e comprar até R$ 560 milhões em AMBP3.
O montante equivale a 30.059.045 ações da Ambipar a R$ 18,63, preço de fechamento de ontem.
Caso haja demanda, a oferta primária pode ser acrescida em até 100%. Isso poderia levar a operação a R$ 1,12 bilhão, caso o preço se mantenha.
Hoje, no entanto, AMBP3 reagia em forte queda. A ação da companhia operava em baixa de quase 10% por volta do meio-dia, cotada a R$ 16,82.
De acordo com o cronograma da oferta, o preço por ação será conhecido em 31 de outubro.
Para que a Ambipar quer o dinheiro
A Ambipar pretende usar o dinheiro levantado na oferta primária para reforçar o caixa e diminuir sua alavancagem.
A relação dívida/ebitda da empresa chegou a 3,39 vezes no fechamento do primeiro trimestre de 2023, mas retornou ao patamar histórico de 2,90 vezes no segundo trimestre.
Quando chegou à bolsa, AMBP3 foi lançada a R$ 24,75, no topo da faixa indicativa de preço. Desde então, o papel acumula queda de aproximadamente 40%.
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