As ações da Braskem (BRKM5) vão enfim deixar o índice de empresas com práticas mais rigorosas de sustentabilidade da B3. A dona da bolsa anunciou a exclusão da empresa envolvida no desastre ambiental de Maceió (AL) do ISE a partir da sexta-feira (8).
A decisão da B3 veio um dia após o Seu Dinheiro publicar uma reportagem alertando para a presença da petroquímica no ISE. O índice é a principal referência para os investidores com foco em critérios ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança corporativa).
A Braskem também apareceu na primeira prévia do índice que começa a valer em janeiro e que a B3 divulgou na última sexta-feira.
No mesmo dia, as ações da companhia caíram quase 6% na bolsa após o alerta sobre o colapso iminente em uma das minas de extração de sal-gema em Maceió.
Em comunicado, a B3 informa que iniciou na própria sexta-feira o "Plano de Resposta a Eventos ESG", que levou à decisão de exclusão da Braskem do ISE.
"A decisão não deve ser tomada como pré-julgamento das responsabilidades da companhia", informa a B3, em comunicado.
A metodologia do índice prevê a exclusão de ativos que “durante a vigência da carteira se envolvam em incidentes que as tornem incompatíveis com os objetivos do ISE B3”, ainda de acordo com a bolsa.
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Antes da Braskem, a Vale (VALE3)
Lembrando que a Braskem não é a primeira empresa a sofrer a exclusão do índice de sustentabilidade por desastres ambientais.
Em fevereiro de 2019, por exemplo, a B3 tirou a Vale (VALE3) do ISE após o rompimento da barragem da em Brumadinho (MG). Desde então, a mineradora não voltou a figurar no índice de sustentabilidade da bolsa.
Com a saída da Braskem, a B3 vai redistribuir a participação das ações da empresa no índice proporcionalmente aos demais ativos integrantes da carteira.