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Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice

Vale (VALE3)

Vale (VALE3)

As empresas de commodities da B3 viveram realidades distintas na última semana. Enquanto a Vale (VALE3), cujo principal produto é o minério de ferro, registrou a maior alta do Ibovespa no período, os frigoríficos Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) dominaram a ponta negativa do índice.

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E por trás da alta e da queda dos três nomes estão notícias vindas da China. Enquanto os preços do minério de ferro voltaram a subir no país e impulsionaram a Vale, um relatório que indica que a demanda por carne do gigante asiático deve cair levou ao recuo das exportadoras.

Além das duas empresas, outra ação ligada a commodities também aparece entre as maiores quedas. Os papéis ordinários e preferenciais da Petrobras (PETR3/PETR4) recuaram na esteira da queda do petróleo, que chegou a atingir o menor nível desde janeiro na quarta-feira (7).

Confira abaixo os destaques negativos do principal índice acionário da B3:

EmpresaVariação
Marfrig (MRFG3)-10,46%
Minerva (BEEF3) -5,06%
Braskem (BRKM5)-4,92%
Petrobras (PETR4)-4,88%
Petrobras (PETR3)-4,85%
Fonte: TradeMap

Veja também as ações que mais avançaram na semana:

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EmpresaVariação
Vale (VALE3)+10,54%
Azul (AZUL4)+8,82%
Natura (NTCO3)+8,60%
GOL (GOLL4)+8,01%
Bradespar (BRAP4)+ 7,57%
Fonte: TradeMap

Vale (VALE3) surfa na alta do minério de ferro

Após nove meses, o minério de ferro enfim se recuperou das mínimas e manteve-se acima de US$ 100 a tonelada, subindo 9% nos últimos cinco dias. A semana foi a melhor para a matéria-prima do aço desde julho e renovou o apetite pelos papéis da Vale (VALE3).

O aquecimento da demanda pela commodity deve-se ao início da alta temporada de construções na China. A expectativa é que o setor chegue ao pico das obras até outubro e siga impulsionando as vendas do aço.

Além disso, a mineradora também animou os investidores com as perspectivas para sua divisão de metais básicos. Em apresentação a investidores, a companhia estimou que a demanda global de níquel cresça 44% até 2030 e chegue a 6,2 milhões de toneladas.

Segundo a Vale, os números serão puxados pelo rescimento do mercado de carros elétricos. Além do metal, as vendas de cobre - outro produto comercializado pela empresa -, também devem ser impulsionadas pelo segmento.

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Exportadoras de carne temem queda na demanda chinesa

A China aumentou a demanda pelo aço, mas a de carne bovina parece seguir o caminho oposto. Segundo um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o consumo do alimento no gigante asiático deve cair 3% em 2023.

O recuo previsto para as importações deve ser ainda maior, de 20%, ainda segundo as estimativas do USDA. Vale destacar que o país foi o destino de 60% das exportações de carne brasileiras no ano passado, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Por isso, uma possível variação negativa no volume de exportações deve impactar os frigoríficos brasileiros e já começou a ser precificada pelos investidores, com Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) liderando as perdas do Ibovespa na semana.

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