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Terceira via encontra um caminho: MDB aprova Simone Tebet para disputar Palácio do Planalto

Simone Tebet veste roupa azul escura. De pé, ela está em um púlpito e acena com uma das mãos.

A ministra Simone Tebet

Depois de enfrentar resistência interna no MDB, a senadora Simone Tebet (MS) recebeu nesta quarta-feira (27) o aval do partido para disputar a Presidência da República. 

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Apoiada pela federação formada entre PSDB e Cidadania, a parlamentar tenta se colocar como alternativa ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida pelo Palácio do Planalto. Foram 262 votos a favor e 9 contra. 

A convenção, realizada de forma virtual, foi boicotada pelos diretórios de Alagoas, Estado do senador Renan Calheiros, e da Paraíba.

Simone Tebet, a cara da terceira via

Com 52 anos, Simone Tebet vai disputar o Palácio do Planalto pela primeira vez. 

Antes de assumir uma cadeira no Senado em 2014, ela foi deputada estadual no Mato Grosso do Sul, de 2003 a 2005, prefeita de Três Lagoas (MS), de 2005 a 2010, e vice-governadora do Estado, de 2011 a 2015. 

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No ano passado, Simone Tebet se destacou em seus discursos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que investigou ações e omissões do governo na pandemia.

Em seu discurso inicial, a agora candidata ao Palácio do Planalto disse hoje que os alicerces democráticos do País estão abalados. 

Simone Tebet citou a fome, a miséria, a desigualdade e o desemprego e, principalmente, a polarização política e o discurso de ódio.

A resistência a Simone Tebet

Apesar de ter o apoio do presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, Tebet enfrentou a resistência da ala do partido que prefere apoiar Lula no primeiro turno.

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A avaliação desse grupo, liderado por Calheiros, é que uma candidatura pouco competitiva pode prejudicar os candidatos da sigla nos Estados e levar a uma redução da bancada de deputados federais no ano que vem. 

Atualmente, a legenda tem 37 assentos na Câmara. No levantamento mais recente do Datafolha, divulgado em 23 de junho, Tebet apareceu com 1% de intenção de voto.

Veja também: Os desafios para a economia no segundo semestre

Com a palavra, Michel Temer

O ex-presidente Michel Temer defendeu a reforma trabalhista aprovada em 2017, durante seu governo, e pregou "pacificação nacional" e "tranquilidade institucional". 

"Nós precisamos ter coragem para defender as teses daquilo que fizemos no governo", declarou o emedebista, que assumiu o comando do País em 2016 com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

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Com a hesitação do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) em ingressar na chapa do MDB à Presidência, a possibilidade de a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) concorrer como vice de Simone Tebet voltou a ganhar força, mas a decisão ainda não foi tomada. 

O nome da parlamentar é visto como positivo porque seria um aceno ao eleitorado feminino, à região Nordeste e ao público religioso, já que Eliziane é evangélica.

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