A nova rodada da Pesquisa PoderData traz uma péssima notícia para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela mostra a menor vantagem numérica do candidato petista sobre Jair Bolsonaro (PL) desde o início do atual processo eleitoral.
Lula venceria Bolsonaro por 52% a 48% dos votos válidos, segundo o levantamento realizado entre 3 e 5 de outubro e cuja margem de erro é de 1,8 ponto porcentual para mais ou para menos.
O resultado sugere que a onda conservadora que impulsionou os números finais do candidato à reeleição estendeu-se pelos dias que se seguiram à votação do último domingo.
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Mas nem tudo é má notícia para Lula no levantamento.
O PoderData perguntou aos eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) em quem eles pretendem votar no segundo turno, marcado para 30 de outubro.
E o resultado certamente vai surpreender quem considera o eleitorado de Ciro mais identificado com o de Lula do que o de Simone.
A pesquisa sugere que o apoio de Simone a Lula pode ser muito mais valioso do que o de Ciro no segundo turno.
E não é só pelo fato de a emedebista ter recebido quase 1,5 milhão de votos a mais que o pedetista.
Vamos aos números.
De acordo com a PoderData, 92% dos eleitores que disseram ter votado em Simone no primeiro turno agora pretendem apoiar Lula no segundo.
Entre os eleitores de Ciro, apenas 46% pretendem acompanhar a orientação do PDT de depositar a confiança no candidato petista.
Como o número abrange votos válidos, isso significa que 8% dos eleitores de Simone e 54% daqueles que votaram em Ciro pretendem migrar para Bolsonaro no segundo turno.
Numa primeira leitura, é possível afirmar que o antipetismo repercute mais entre os ciristas. Já o antibolsonarismo é mais presente entre os eleitores de Simone Tebet.
É verdade que não sobrou muita coisa para Simone e Ciro.
Afinal, as candidaturas de Lula e Bolsonaro concentraram 91,63% dos votos digitados nas urnas eletrônicas no último domingo.
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De qualquer modo, diante da perspectiva de uma disputa apertada, o nome do inquilino do Palácio do Planalto pelos próximos anos provavelmente será decidido pela mobilização do eleitorado que não viu nem em Lula nem em Bolsonaro sua primeira opção de voto.