A primeira pesquisa depois do debate de domingo (16) entre os presidenciáveis mostra um cenário estável entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com levantamento do Ipec (ex-Ibope) divulgado nesta segunda-feira (17), Lula tem 50% das intenções de voto contra 43% de Bolsonaro. Brancos e nulos somam 5% e indecisos, 2%.
Considerando os votos válidos — ou seja, excluindo brancos, nulos e indecisos — o petista tem 54% contra 46% do atual chefe do Executivo.
Na pesquisa anterior, feita na semana passada, Lula aparecia com 51% das intenções de voto contra 42% de Bolsonaro. Em votos válidos, o petista tinha 55% ante 45% do presidente.
No primeiro turno, Lula obteve 57,2 milhões de votos válidos, ou 48,43% do contabilizado pela Justiça Eleitoral. Bolsonaro, candidato à reeleição, recebeu 51 milhões de votos, ou 43,20% do total.
O Ipec entrevistou 3.008 eleitores presencialmente em 184 municípios entre sábado (15) e segunda-feira (17). A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
A rejeição de Lula e Bolsonaro
A pesquisa Ipec também mostrou que 46% dos eleitores não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro no segundo turno. Já o índice de rejeição de Lula é de 41%.
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A rejeição de Bolsonaro oscilou dois pontos porcentuais para baixo em relação ao levantamento anterior, publicado no dia 10. A de Lula oscilou um ponto para baixo.
Os dois presidenciáveis se enfrentaram ontem no primeiro debate televisionado do segundo turno das eleições.
Simulações anteriores
Antes do primeiro turno, que aconteceu em 2 de outubro, o Ipec também fez simulações de segundo turno. Na sondagem divulgada na véspera da votação, Lula tinha 52% das intenções de voto, e Bolsonaro, 37%.
Depois do pleito, o ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu à Polícia Federal para que investigasse os institutos de pesquisa. Na quinta-feira (6), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos de pesquisa de intenção de voto.
Nesta quinta-feira (14), o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Cordeiro, determinou a abertura de um inquérito para investigar as empresas Datafolha, Ipec e Ipespe.
Na ocasião, Cordeiro argumentou haver indícios de que os institutos de pesquisa atuaram "na forma de cartel" para "manipular" as eleições, cometendo o mesmo erro sobre o resultado da votação do último dia 2 para escolher quem vai comandar o País nos próximos quatro anos, a partir de 2023.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, suspendeu as investigações abertas. Moraes pediu para a Corregedoria-Geral Eleitoral e a Procuradoria-Geral Eleitoral investigarem se houve abuso de autoridade e de poder para favorecer candidatura de Bolsonaro.