Quase dez meses depois da invasão da Ucrânia, as sanções dos EUA, da Europa e de outros aliados seguem pesando sobre a Rússia. Prova disso é que nesta quarta-feira (21), o rublo atingiu o menor nível em relação ao dólar desde maio deste ano.
A moeda russa caiu 2,5% na manhã de hoje, para 70,60 ante a moeda norte-americana — o nível mais baixo em sete meses, na época em que a Rússia começou a sustentar o câmbio contra os ventos contrários das sanções ocidentais.
Essa intervenção levou o rublo a ser a moeda de melhor desempenho do mundo na época, embora agora tenha sido superado pelo real.
A queda decorreu principalmente da última rodada de sanções contra a Rússia, com a União Europeia proibindo o petróleo russo no início deste mês e impondo um teto de preço de US$ 60 para o barril russo.
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Putin x rublo: la garantia soy yo
Na ocasião do teto de preço para o petróleo russo, o presidente Vladimir Putin esbravejou: se recusou a cumprir o limite e ameaçou retaliar o país que implementasse o valor.
Mais recentemente, o líder russo assegurou aos cidadãos que a economia do país iria resistir à pressão.
A verdade, no entanto, é outra. O petróleo e o gás estão entre os principais fluxos de receita da Rússia, e está cada vez mais difícil para Putin substituir a Europa como cliente.
As exportações de petróleo russo caíram 54% na primeira semana da proibição, e o banco central da Rússia alertou que as novas sanções eram "choques econômicos".
Nem mesmo os aliados de Putin estão conseguindo tirar a Rússia dessa situação. Algumas remessas de petróleo para a China estão sendo vendidas a preços tão baixos quanto US$ 68 o barril, e alguns embarques para a Índia estão sendo vendidos abaixo desse preço.
Nesta quarta-feira, o petróleo tipo Brent — usado como referência no mercado internacional — estava sendo cotado a US$ 82,20.
*Com informações do Markets Insider