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XP requenta briga com bancos após fim da sociedade com o Itaú e revolta a Febraban

Campanha da XP #EuNãoBanco

Após o fim da sociedade com o Itaú Unibanco, a XP decidiu requentar a briga com os grandes bancos e lançou uma nova campanha publicitária intitulada #EuNãoBanco.

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A provocação, que critica as tarifas cobradas pelos bancos tradicionais, gerou resposta acalorada da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

A campanha, de abrangência nacional, terá inserções na TV paga, no rádio, na mídia exterior e digital. A ideia é questionar as práticas das instituições financeiras tradicionais e, ao mesmo tempo, oferecer as soluções da XP.

No canal da XP no YouTube, já estão disponíveis dois vídeos da campanha. Num deles, a XP critica as tarifas cobradas nas contas correntes abertas pelos bancos. No outro, o alvo é a anuidade dos cartões de crédito.

Assista:

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https://www.youtube.com/watch?v=9Z3H1x68PlM
https://www.youtube.com/watch?v=tqzD5r_D7-E

A Febraban não gostou das gracinhas e soltou uma nota criticando a ação. No documento, assinado pelo presidente da Febraban, Isaac Sidney, a entidade diz que a provocação veio de uma instituição que integra a Febraban, mas nega a si própria.

“Essa instituição financeira é, sim, um banco, mas procura estabelecer alguma distância de seus pares. Ela pratica as mesmas atividades de um banco, preferindo fingir que vive em um universo paralelo”, escreve o mandatário. “Parece ter vergonha daquilo que é. Nós não temos e não nos camuflamos. Somos bancos e bancamos nossos clientes”, alfineta.

XP na polêmica

Nascida como um escritório de agentes autônomos em 2001, a XP foi ganhando musculatura e relevância ao longo dos anos a ponto de capitanear uma verdadeira revolução no mercado de investimentos. 

A meta era — e continua sendo — convencer os investidores a investir com eles em vez dos bancos. Para isso, a XP passou a oferecer diversos atrativos, como uma plataforma aberta com produtos de diversas instituições e zeragem de taxas de corretagem para diversas modalidades de investimentos.

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Era tanto empenho em atrair os investidores e se diferenciar dos bancões que o anúncio da compra de 49,9% da XP pelo Itaú, em 2017, e a intenção de adquirir totalmente a corretora no futuro caiu como uma bomba no mercado. Mas o Banco Central proibiu o banco de comprar o controle da corretora, e o casamento foi desfeito.

Curiosamente, em 2020, quando Itaú e XP ainda eram sócios, o banco fez uma propaganda que questionava a idoneidade dos assessores de investimentos. 

Em resposta, o presidente da XP, Guilherme Benchimol, ironizou o slogan do Itaú e disse que “o banco não é, nem nunca foi, feito para você”. Alguns meses depois do episódio, o Itaú decidiu se desfazer da participação na XP.

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