Um objeto cai em um terreno vazio. Ninguém sabe de onde veio e o primeiro questionamento é se o material estranho não identificado é obra de algum ser extraterrestre. A primeira imagem que pode ter vindo à sua cabeça é o início do filme “2001: Uma Odisseia no Espaço”.
A cena, comum em vários longa-metragens de ficção científica, saiu das telas e foi visto a olho nu. Mas o que os terráqueos não contavam era que o objetivo não pertence a seres que vivem em Marte — mas, sim, a um famoso habitante da Terra: Elon Musk.
O fato quase extraordinário aconteceu na semana passada, na Austrália — e, para a surpresa de todos, não era mais do que um lixo espacial que errou a sua trajetória.
O material encontrado em uma fazenda do estado australiano de Nova Gales do Sul pode ser parte de um foguete da SpaceX, a empresa espacial de Musk. Há suspeitas de que o objeto, que se repartiu em três pedaços, faça parte da cápsula da aeronave SpaceX Crew-1, lançada em 2021.
A culpa é do Elon Musk?
Provavelmente, sim. A Agência Espacial Australiana (ASA) investiga o caso, em parceria com os EUA, e já confirmou que os destroços pertencem à SpaceX — a empresa, por sua vez, não se pronunciou sobre o ocorrido.
Além disso, os especialistas da ASA estimam que os pedaços encontrados da aeronave da SpaceX tenham caído na Terra em 9 de julho, ou seja, há três semanas.
Na região australiana, ainda existe um alerta sobre a existência de outras partes da cápsula de Elon Musk e, caso sejam encontradas, os moradores devem relatar à agência espacial.
Explorando o espaço
A empresa que fabrica e lança foguetes e naves espaciais foi fundada em 2002, por Elon Musk — um ano depois de Jeff Bezos criar a Origin. Um dos planos mais ambiciosos da companhia é enviar tripulação humana a Marte até o fim desta década.
Mas, o foco de Elon Musk não é somente explorar o espaço fora da Terra. Por aqui, ele quer integrar o mundo inteiro com a sua internet banda larga, a Starlink.
Em maio, o bilionário esteve no Brasil para negociar a operação da Starlink no território nacional. A proposta é instalar antenas na região da Amazônia e levar a conexão a regiões mais afastadas e para escolas públicas.
Contudo, pouco se sabe sobre o andamento das negociações e quando, de fato, as operações da Starlink vão começar. A previsão, até o momento, é que a internet de Elon Musk chegue ainda neste ano.
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*Com informações de The Guardian e Agência AFP