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Na mão grande: Putin confisca e subsidiária do Google (GOGL34) na Rússia beira a falência; entenda a história

Presidente russo, Vladimir Putin, com a mão na boca simulando envio de um beijo | Rússia, Biden, Guerra

O presidente da Rússia, Vladimir Putin após reunião do BRICS

“O senhor saia daqui, mas antes eu vou confiscar o que tiver aqui”. Certamente não será ao som de Confisco, do Charlie Brown Jr, que a subsidiária do Google (GOGL34) na Rússia pedirá falência — mas poderia. 

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O presidente russo, Vladimir Putin, apreendeu os ativos da empresa no país, tornando as operações comerciais básicas — incluindo o pagamento de funcionários — praticamente impossíveis.

Segundo o Google, o confisco da conta bancária da subsidiária na Rússia tornou insustentável o funcionamento do escritório no país, incluindo empregar e pagar os membros da equipe e fornecedores e cumprir outras obrigações financeiras.

Por isso, a empresa apresentou um aviso de intenção de declarar falência, segundo a Reuters, que cita um documento no registro federal da Rússia.

Google (GOGL34): eu vou pra onde? Pra onde eu devo ir?

O pedido de falência da subsidiária do Google (GOGL34) na Rússia é o mais recente desdobramento de um tumultuado vai-e-vem entre as gigantes de tecnologia e Moscou.

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A Rússia há muito confia na censura e na propaganda para moldar a opinião pública, táticas que lançaram as empresas de tecnologia ocidentais em uma luta complicada. Ao mesmo tempo, o Kremlin tem procurado impedir que as big techs deixem o país. 

As autoridades ordenaram que o Google e 12 outras empresas de tecnologia mantenham funcionários na Rússia por meio de uma diretiva que alguns executivos chamam de “lei dos reféns”, de acordo com o New York Times.

Putin canta Charlie Brown Jr: esse é o meu trabalho, eu confisco

Putin andou no encalço do Google (GOGL34), cujos algoritmos de busca, compartilhamento de documentos e YouTube sustentam grande parte do livre fluxo de informações do mundo.

Em setembro, um tribunal de Moscou ordenou que o Google removesse os resultados de pesquisa relacionados ao líder da oposição russa Alexei Navalny. 

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Naquele mesmo mês, a polícia armada entrou no escritório do Google em Moscou depois que a empresa resistiu em remover um aplicativo que estava sendo usado para reunir apoio a candidatos da oposição.

As tensões entre o Google e o governo russo atingiram uma nova fase após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro.

No início de março, a gigante da tecnologia anunciou que interromperia todos os anúncios de pesquisa, YouTube e exibição na Rússia depois que as autoridades pediram para bloquear anúncios relacionados à Ucrânia. 

O Google também removeu as agências estatais russas RT e Sputnik de seus resultados de pesquisa na União Europeia em resposta a uma regulamentação do governo local.

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*Com informações da Reuters e do The Washington Post

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