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Empresa de gasodutos que tem Itaúsa (ITSA4) como sócia anuncia investimentos bilionários para os próximos oito anos

NTS, parte do portfólio da Itaúsa (ITSA4)

NTS, parte do portfólio da Itaúsa (ITSA4)

Parte do portfólio da Itaúsa (ITSA4) desde 2017 e responsável pelo transporte de metade de todo o gás natural no país, a NTS anunciou um plano de investimento de R$ 12 bilhões para o setor durante os próximos oito anos.

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As fontes de gás estão se deslocando, e devem passar a vir cada vez mais da produção do pré-sal e menos da Bolívia ou do Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos.

O projeto da empresa de gasodutos busca redesenhar a operação de atendimento para as regiões Sudeste e Sul e inaugurar uma unidade de negócio no Norte do Rio de Janeiro, focada na estocagem de gás natural liquefeito (GNL).

"Campos de gás se esgotam. O fornecimento da Bolívia e de Mexilhão vai cair gradativamente entre cinco e dez anos. Em vez de receber, enviamos cada vez mais gás para São Paulo. E isso exige o reforço da malha", explica o CEO da NTS, Erick Portela.

Os investimentos da empresa que tem Itaúsa como sócia

A NTS, que tem a Itaúsa (ITSA4) como sócia, quer adaptar e incrementar a capacidade da malha já existente no trecho que acompanha o litoral. 

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Desse modo, a companhia pretende transferir os pontos por onde o gás entra no sistema de gasodutos, hoje consolidados em São Paulo — em Paulínia, Guararema e Caraguatatuba —, para o Rio de Janeiro.

O novo foco será nas atividades na Baía de Guanabara, em Itaboraí e no Porto do Açu. 

As etapas do plano de investimentos da NTS

O plano de investimentos da NTS será dividido em duas fases. A primeira delas prevê a instalação de uma estação de compressão do gás natural em Japeri, na região metropolitana do Rio, já no ano que vem. 

Enquanto isso, a segunda etapa projeta dobrar a capacidade da tubulação no trecho entre Rio e São Paulo, além de construir pelo menos outras três estações de compressão.

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Um dos pilares do novo plano que antecede o Gasig — um gasoduto de 11 quilômetros entre Itaboraí e Guapimirim — deve ser concluído em fevereiro, com um custo de aproximadamente R$ 230 milhões.

A nova unidade de estocagem de gás natural da empresa que integra o portfólio da holding Itaúsa (ITSA4) busca gerar receita através do fornecimento imediato às termoelétricas do interior do Rio de Janeiro, especialmente no Norte Fluminense. 

O derivado de petróleo também deverá ser transportado por meio de caminhão para grandes consumidores industriais da região.

Para o CEO da NTS, Erick Portela, a consolidação dessas rotas de pequena escala poderia, inclusive, orientar a construção de gasodutos adicionais em um segundo momento.

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Quem é a NTS, que participa do portfólio da Itaúsa (ITSA4)?

A NTF foi fundada em 2017, a partir da privatização da malha de 2 mil quilômetros de dutos da Petrobras. A transportadora de gás natural opera no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.

Além disso, os sistemas da empresa possuem conexões com o gasoduto Brasil-Bolívia, com os terminais de gás natural e com as unidades de processamento da commodity.

Em 2017, a estatal concluiu a venda de 90% da participação na empresa de gasodutos para o FIP (Nova Infraestrutura Fundo de Investimentos em Participações), fundo gerido pela Brookfield Brasil Asset Management.

O fundo, por sua vez, vendeu parte de sua fatia na transportadora de gás natural para a Itaúsa (ITSA4).

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Atualmente, o FIP, da Brookfield, controla 91,5% da NTS, enquanto a holding controladora do Itaú detém os 8,5% restantes de participação na empresa de gasodutos.

Em 2021, a NTS faturou R$ 5,7 bilhões. Segundo a Fitch, agência especializada em risco, a dívida ajustada da companhia era de R$ 12,4 bilhões até a metade do ano passado.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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