A perda das receitas atingiu mais um gigante da tecnologia. A Microsoft reduziu o quadro de funcionários nesta semana e desligou cerca de mil pessoas.
A empresa de Bill Gates tem acumulado perdas com a queda nas vendas de licenças do Windows para computadores pessoais, além da incerteza econômica global.
“Como todas as empresas, avaliamos nossas prioridades de negócios regularmente e fazemos ajustes estruturais de acordo. Continuaremos investindo em nossos negócios e contratando em áreas-chave de crescimento no próximo ano”, disse a Microsoft, em comunicado.
Contudo, as demissões não são uma surpresa. Em julho, a Microsoft anunciou um plano que previa o corte de vários cargos e a dispensa de pelo menos 1% da sua força de trabalho total — o que corresponde a cerca de 2 mil pessoas. Na época, a empresa afirmou que as demissões faziam parte de um ajuste regular no seu início do ano fiscal.
Vale lembrar que, no trimestre encerrado em julho, a Microsoft reportou uma receita líquida de US$ 51,9 bilhões, abaixo do esperado pelo mercado, e mostrou um crescimento de lucro mais lento dos últimos cinco anos. No próximo dia 25, a empresa deve divulgar novos resultados
As ações da Microsoft negociadas em Nasdaq acumulam queda de 29,09% no acumulado do ano. Mas, apesar do anúncio das demissões, os papéis encerraram o dia em leve alta de 0,41%, a US$ 239.
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Além da Microsoft: a onda de demissões nas gigantes de tecnologia
A queda das receitas é um dos grandes problemas enfrentados pelas gigantes de tecnologia neste ano.
Além da Microsoft, Snap e Netflix realizaram cortes no quadro de funcionários nos últimos meses. A rede social desligou 1.280 colaboradores em agosto — o que correspondia, na época, a 20% da força de trabalho.
No caso da plataforma de streaming, 300 pessoas foram demitidas em junho.
Como uma das alternativas, a Netflix tem apostado em um novo produto para manter o número de assinantes. Nesta semana, a empresa anunciou o lançamento do plano básico com anúncios, em parceria com a Microsoft, a partir de novembro.
*Com informações de Axios, Business Insider e CNBC.