Em tempos de Copa do Mundo, todo mundo já deve ter participado de alguma discussão recente sobre estratégia de defesa das seleções. E no mundo dos investimentos não é diferente — se você souber se defender bem, obviamente terá resultados melhores. E a Weg (WEGE3) parece cumprir esse papel muito bem, de acordo com um relatório do Itaú BBA.
Para os analistas, ainda que o mercado local esteja marcado pela volatilidade — que não tem data para sair de cena — essas ações são boas graças à consistência de resultados.
Por isso, ainda que não haja nenhum gatilho de curto-prazo para WEGE3, saber que ela entrega bons números consistentemente é animador.
A recomendação do Itaú BBA para o ativo é de compra, com preço-alvo de R$ 44,00 para 2023 — potencial de valorização de 18,6% se considerado o fechamento de quinta-feira (15).
A resiliência da Weg pode ser explicada pela grande exposição ao dólar e uma receita considerável vinda do exterior, além de um caixa robusto.
"A Weg é a única empresa com caixa líquido, exposição ao dólar e gestão de qualidade indiscutível em todo o mercado acionário brasileiro", escrevem os analistas.
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Eles destacam, ainda, que a companhia performou acima da média em todas as crises dos últimos 10 anos. A ação superou a valorização do Ibovespa e outros nomes de peso da bolsa brasileira no período.
Um exemplo disso é o fato de que o papel sobe 14,58% no ano, contra desvalorização de 2,17% do Ibovespa no mesmo período. Neste mês, WEGE3 cai 4,38%.
Às 13h21, a ação tinha leves ganhos de 0,19%, cotada a R$ 37,15.
Como o mercado local impacta a Weg (WEGE3)?
No mesmo relatório, os analistas do Itaú BBA afirmam que observaram preocupações por parte dos investidores com o faturamento doméstico da Weg (WEGE3).
Afinal, um Produto Interno Bruto (PIB) abaixo do esperado poderia afetar a demanda por motores industriais.
Mas, para a equipe do banco, não há motivo para preocupação. Além dos resultados historicamente resilientes, o atual mix de receitas da empresa também é menos cíclico do que em períodos anteriores.
Aqui, o destaque está no segmento de Geração, Transmissão e Distribuição, que hoje representa 55% da receita doméstica total contra 28% em 2014.
Também não há sinais de que os problemas macroeconômicos vistos hoje no Brasil afetarão as teses da Weg em geração de energia.
"Pelo contrário, a equipe de transição dos novos governos tem enfatizado a necessidade de acelerar os esforços para a transição energética e estimular fontes renováveis de geração. Além disso, entre as várias reformas potenciais a serem discutidas, não esperamos que a lei do saneamento, aprovada em 2020, seja revogada — preservando assim um importante motor de crescimento para a Weg", traz o relatório.