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Inteligência artificial a serviço do consumidor: Infracommerce (IFCM3) compra Tevec e dá mais um passo para disputar espaço com MagaLu, Mercado Livre e Amazon

A Infracommerce (IFCM3) sacudiu o mundo das fusões e aquisições no fim de setembro do ano passado. Na ocasião, a provedora de múltiplos serviços para empresas de varejo online comprou a rival Synapcom por R$ 1,2 bilhão.

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O vultoso negócio não a impediu de seguir atenta às oportunidades e fechar 2021 com chave de ouro na busca por atingir seus objetivos de ganhar escala e disputar o setor de comércio eletrônico como gigantes como Magazine Luiza, Mercado Livre e Amazon.

Na antevéspera da virada de ano, quando nada mais parecia acontecer no mundo dos negócios, a Infracommerce acertou a aquisição da Tevec. O valor da transação é estimado em R$ 25 milhões.

Foco na experiência do consumidor

Ainda que se trate de um valor muito inferior ao da compra da Synapcom, a Infracommerce está de olho no que a Tevec pode agregar a seu já sofisticado ecossistema em termos de experiência do consumidor.

A empresa considera que a aquisição a consolida como maior player de Customer Experience as a Service (CXaaS) não apenas no Brasil, mas também na América Latina.

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Democratizando a inteligência artificial

Fundada em 2013 com a pretensão de democratizar o acesso à inteligência artificial, a Tevec recorre ao machine learning e ao big data para automatizar o processo de análise de seus clientes no momento de tomar decisões referentes a abastecimento, compras, campanhas e preços.

A intenção declarada da Infracommerce é disponibilizar as soluções da Tevec para os cerca de 500 clientes de sua base. Também “é possível levar esta tecnologia para os 300.000 varejistas e mais de 150 distribuidores que fazem parte das plataformas de B2B e que hoje não tem acesso a este tipo de tecnologia”, diz a empresa.

Clientes de peso

Com a aquisição da Tevec, a Infracommerce acrescenta mais alguns nomes de peso a sua estrutura de full comerce.

Entre os clientes da Tevec figuram empresas do porte de Allied, Tok Stok, Bimbo, Danone, Mondelez e Vigor. Sua receita operacional líquida anualizada gira em torno de R$ 6 milhões.

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Quando adquiriu a Synapcom, a Infracommerce levou também clientes como Samsung, Phillips, Hypera, Goodyear e Porto Seguro.

Nessa terra de gigantes

Em entrevista recente ao Seu Dinheiro, o CEO da Infracommerece, Kai Schoppen, enfatizou que a empresa precisa “crescer de um jeito acelerado, agressivo” para cumprir a promessa feita a seus clientes de se colocar em posição de relevância no mercado.

Em termos mais práticos, a aquisição revelada hoje é mais um passo da Infracommerce no sentido de usar suas soluções de full comerce para disputar mercado com Magazine Luiza, Mercado Livre e Amazon.

O full commerce é uma modalidade de varejo digital que vem crescendo nos Estados Unidos e Europa, mas ainda não é tão consolidada no Brasil. Trata-se da gestão completa do e-commerce de uma marca, uma espécie de terceirização.

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Enquanto os atuais gigantes do comércio eletrônico dispõem de uma enorme estrutura logística que reduz os tempos de entrega e barateia os gastos com frete, marcas isoladas muitas vezes podem enfrentar dificuldade para criar um sistema de e-commerce viável.

E é por essa brecha que a Infracommerce pretende ganhar mercado com seu ecossistema independente de comércio eletrônico.

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