O Comitê de Elegibilidade (Celeg) da Petrobras (PETR4) rejeitou de maneira unânime dois candidatos indicados pelo governo para o novo conselho de administração. Mas a negativa da estatal foi ignorada pelo Ministério de Minas e Energia.
A pasta informou nesta quarta-feira (20) que reencaminhará os nomes de Jônathas de Castro e Ricardo Soriano, barrados por conflito de interesses, para votação.
Segundo o comitê, Castro — atual secretário executivo da Casa Civil — teria acesso a informações estratégicas da Petrobras.
No caso de Alencar, o Celeg ressaltou que ele é o Procurador-Geral da Fazenda Nacional e não teria como desenvolver o cargo e o papel de conselheiro da Petrobras ao mesmo tempo.
Para o MME, porém, "os supostos impedimentos apontados" não encontram "o necessário respaldo legal".
Assim, o ministério reencaminhará os mesmos nomes à Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que definirá o novo conselho de administração da companhia, marcada para 19 de agosto.
A lista do Conselho
Foram indicados oito nomes pelo governo para ocupar as vagas no conselho, mas com o veto a Castro e Alencar a União passa a ter seis vagas. Porém, o governo pode indicar novos nomes até a data da AGE.
Os outros candidatos indicados pelo governo que foram considerados aptos pelo Celeg a concorrer às vagas no conselho são:
- Gileno Gurjão Barreto - presidente do Serpro, indicado como presidente do conselho
- Edison Antônio Costa Britto Garcia
- Iêda Aparecida de Moura Gagni - presidente do conselho do Banco do Brasil
- Ruy Flaks Schneider - concorre à reeleição
- Márcio Andrade Weber - concorre à reeleição
- Caio Paes de Andrade - atual presidente da Petrobras
Além deles, também foram indicados pelos acionistas minoritários os nomes de José João Abdalla Filho e Marcelo Gaspariano da Silva.