A compra do Twitter por Elon Musk recebeu um apoio de peso. Jack Dorsey, cofundador e ex-CEO da rede social, usou o próprio Twitter para dar a “bênção” ao negócio de US$ 43 bilhões.
Com direito a uma referência à banda britânica Radiohead — com a música “Everything is in the right place” (Tudo está no lugar certo), Dorsey disse que o dono da Tesla é a “solução singular em que confio” para a rede social.
“Eu confio em sua missão de expandir a luz da consciência”, acrescentou Dorsey, na publicação no Twitter.
Dorsey, que deixou o comando da rede em novembro de 2021 para gerenciar a empresa de pagamentos Block, disse ainda que o “maior arrependimento” foi operar o Twitter como “empresa”.
Na série de tuítes, Dorsey ainda disse que o Twitter é a “coisa mais próxima de consciência global que temos”.
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Mudança à vista no Twitter?
No comunicado de aquisição, publicado ontem, o CEO da rede social, Parag Agrawal, e o presidente do conselho Bret Taylor foram citados, mas nada garante a permanência dos executivos.
Isso porque é comum algumas mudanças na administração em uma aquisição, o que pode ser decidido por Elon Musk a qualquer momento após a conclusão do negócio.
Dorsey comentou que não acredita que “alguém deva possuir ou administrar o Twitter”, ao defender que a rede social deve resolver “o problema de ser uma empresa”.
Na nota de aquisição, a mídia social anunciou que ela se tornará uma empresa privada, ou seja, o capital da companhia será fechado e não mais negociada em bolsa de valores. Sendo assim, o processo de transação e transferência da rede deve ser concluído ainda neste ano, segundo a plataforma.
Os acionistas receberão US$ 54,20 por cada ação ordinária, conforme sugerido por Elon Musk e aprovado pela administração no ato da aquisição.
Por fim, o Twitter planeja divulgar o balanço do primeiro trimestre de 2022 na próxima quinta-feira (26). A empresa não realizará teleconferência para a divulgação dos resultados, de acordo com o comunicado.
O que estava em jogo?
A grande questão em jogo para a compra do Twitter foi a temática da “liberdade de expressão”, além da demonstração de poder do dono da Tesla e da SpaceX e homem mais rico do mundo, segundo a Forbes.
Nas últimas semanas, o novo dono demonstrou insatisfação com a diretoria e as diretrizes da plataforma, em defesa da liberdade de expressão.
No final de março, Musk postou uma pesquisa no Twitter, perguntando se as pessoas achavam que o Twitter “adere rigorosamente” ao princípio da liberdade de expressão. Depois que a maioria dos eleitores escolheu “não”, Musk perguntou se uma nova plataforma era necessária.
A rede social vinha testando algumas soluções para a moderação do conteúdo online com o objetivo de proteger os usuários, mas que poderia “regular” a liberdade de expressão.
Após o anúncio da aquisição da rede, Elon Musk afirmou que “a liberdade de expressão é a base do funcionamento de uma democracia, e o Twitter é uma praça pública digital onde assuntos vitais do futuro da humanidade são discutidos”.
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*Com informações de CNBC e Insider