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Citi reforça que potencial mudança na direção da Petrobras (PETR4) pode reduzir dividendos

jean paul prates, indicado à presidência da Petrobras

Os analistas do Citi reforçaram em novo relatório que as potenciais mudanças na Petrobras (PETR4) geram riscos para a tese de investimentos na companhia.

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No texto, os analistas comentam a indicação de Jean Paul Prates (PT-RN) para o cargo de presidente da estatal, destacando a experiência de 37 anos do senador na área de óleo e gás e das críticas públicas à atual política de paridade de preços (PPI).

A mudança na cúpula da empresa e nas diretrizes de gestão dos negócios gera o risco, segundo os analistas, de a estatal passar a registrar "múltiplos menores em comparação com seus pares" e reduzir o dividend yield (rendimento de dividendos) a 8%.

"Uma das áreas de discussão mais importantes, a nosso ver, é a futura política de dividendos da empresa, que pode convergir para o payout mínimo de 25%. Nesse cenário, vemos a ação sendo negociada com um rendimento de dividendos de cerca de 8%, o que implica riscos potenciais de queda no preço da ação", escreveram os analistas.

No relatório, eles afirmam que "quaisquer possíveis mudanças no plano de investimento e na política de preços de combustível podem representar mais riscos para a tese de investimento da Petrobras".

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"Vemos riscos em torno da tese de investimento da Petrobras devido às possíveis mudanças na estratégia de longo prazo da empresa e à incerteza sobre sua futura alocação de capital, que acreditamos se traduz em múltiplos menores em comparação com seus pares", escreveram os analistas.

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Jean Paul Prates foi o último anúncio do novo governo

O senador Jean Paul Prates era um dos nomes mais cotados para o cargo desde a diplomação de Lula como presidente eleito, mas foi a última cadeira a ser anunciada antes da posse presidencial. 

No Twitter, o senador Jean Paul Prates afirmou que a Petrobras, por ser uma empresa de economia mista, “precisa conciliar essa natureza ao seu papel estruturante na economia do país”. 

A indicação deve ser formalizada em ofício ao Ministério de Minas e Energia (MME) enviado à Petrobras. Em seguida, o Conselho de Administração da companhia submeterá o nome à aprovação por 11 conselheiros. 

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O processo entre a indicação e aprovação de Jean Paul Prates deve durar entre 40 e 60 dias. 

Em um segundo momento, uma Assembléia Geral Extraordinária (AGE) tende a ser convocada para que os acionistas confirmem Prates na presidência, além de seis conselheiros a serem apontados pelo governo. 

Vale ressaltar que o atual presidente da estatal, Caio Paes de Andrade, deve renunciar ao cargo em breve para assumir a secretaria no governo de São Paulo. 

Com informações do Estadão Conteúdo

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