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Fechando 2021 com chave de ouro: carteira de pedidos da Embraer (EMBR3) chega ao maior valor desde 2018, mas ações caem na B3

Aeronave da Embraer (EMBR3)

Aeronave da Embraer

Se teve alguém que conseguiu voar alto em 2021, foi a Embraer (EMBR3). A empresa encerrou o ano passado com patamares bem positivos, tanto para os 12 meses quanto para o quarto trimestre.

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Nos três últimos meses do ano, a companhia entregou 55 jatos, dos quais 16 eram comerciais e 39 executivos. Em 2021 como um todo, foram entregues 141 jatos, sendo 48 comerciais e 93 executivos.

Esses números fizeram a carteira de pedidos firmes da Embraer atingir o valor mais alto desde o segundo trimestre de 2018, chegando a US$ 17 bilhões (ou, considerando a cotação atual do dólar, aproximadamente R$ 87,4 bilhões) em 31 de dezembro.

O valor atual da carteira de pedidos já considera o resultado da negociação com a Força Aérea Brasileira (FAB), que diminuiu o total de aeronaves a serem entregues nos termos do contrato, de 28 para 22.

Dados positivos, ações no negativo

Apesar dos dados extremamente positivos para a empresa, as ações da Embraer começaram o pregão desta segunda-feira (21) com o pé esquerdo — caminhando bem em direção ao campo negativo.

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Na abertura da bolsa nesta manhã, EMBR3 se encontrava entre as maiores baixas do Ibovespa. Os papéis fecharam o dia com desvalorização de 4,23%, cotados a R$ 18,35.

A queda acontece depois do anúncio de uma pausa de três anos no desenvolvimento do jato E175-E2. Vale lembrar que a família E2 de aviões hoje é considerada líder de mercado no seu segmento.

A pausa na programação acontece em meio às inúmeras discussões sobre os jatos, que permeiam tanto as características dos aviões quanto o cenário do mercado.

Com relação às especificações das aeronaves, as discussões giram em torno do limite máximo de peso para decolagem dos jatos com até 76 assentos.

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Já a respeito do mercado global da aviação comercial, as principais companhias aéreas norte-americanas e os sindicatos de pilotos discutem sobre as atuais condições de mercado e do contínuo interesse pelo jato E175 no mercado norte-americano.

Segundo a Embraer, as atividades devem voltar a acontecer depois do período de três anos, o que faz com que a entrada em serviço das aeronaves E175-E2 deva acontecer somente entre 2027 e 2028.

Aviação comercial

De volta aos dados da carteira da Embraer, quando analisamos as entregas por segmento, a aviação comercial somou 48 jatos em 2021.

Durante o Dubai Air Show, a Embraer anunciou um pedido firme da Overland Airways, da Nigéria para três jatos E175, além de direitos de compra para três aeronaves do mesmo modelo, por US$ 299,4 milhões.

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Além disso, a empresa vendeu três aeronaves E175 para a American Airlines, em uma operação que envolveu cerca de US$ 160,2 milhões. 

Antes que o ano acabasse, a companhia fechou um contrato bilionário com a Azorra, para 20 pedidos firmes e 30 direitos de compra de E190/195-E2, por mais de R$ 21 bilhões.

O negócio com a norte-americana ajudou a consolidar a liderança da família E2 no seu segmento de mercado.

Aviação executiva

O segmento de aviação executiva contou com a entrega de 93 aeronaves no ano passado.

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Em outubro, a Embraer fechou um acordo com a NetJets para a venda de até 100 jatos adicionais, com valor de US$ 1,2 bilhão.

Com o negócio, a NetJets vai receber o avião Phenom 300E no segundo trimestre de 2023, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa.

A Embraer também entregou um jato do mesmo modelo no Equador, a primeira entrega desse tipo de aeronave no país. No Canadá, também foi entregue o primeiro Praetor 500 para a AirSprint Private Aviation, uma empresa de propriedade compartilhada de jatos.

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