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Banco do Brasil (BBAS3) tem lucro de R$ 8,360 bilhões no terceiro trimestre e deixa Bradesco e Santander para trás

Agência do Banco do Brasil em São Paulo

Agência do Banco do Brasil em São Paulo

Estamos chegando ao fim de uma era? Em mais uma demonstração de poder de fogo — mas que pode ser a última —, o Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 8,360 bilhões no terceiro trimestre deste ano.

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O resultado representa um avanço de 62,7% em relação ao mesmo período de 2021 e ficou bem acima das projeções dos analistas, que apontavam para um lucro na casa de R$ 7,2 bilhões.

Desta forma, o Banco do Brasil conseguiu mais uma vez o que muitos achavam impossível: superou os concorrentes privados Bradesco e Santander em rentabilidade. O Itaú Unibanco fecha a temporada de balanços dos bancões amanhã.

O retorno sobre o patrimônio líquido do BB atingiu 21,8% no terceiro trimestre. Para efeito de comparação, o Santander obteve uma rentabilidade de 15,6%, e o Bradesco, de apenas 13%.

Aliás, o Banco do Brasil ainda contrariou a tendência de queda do lucro apresentada pelos concorrentes privados. Resta saber até quando, já que a expectativa do mercado é que o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva mude a orientação do BB.

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“Quando assumi a presidência do Banco do Brasil, nossa rentabilidade trimestral era inferior a 15% e muito nos orgulha entregar um retorno sobre patrimônio líquido de 21,8%, o que consolida um novo patamar de rentabilidade, dentre os melhores retornos alcançados em comparação aos pares privados”, disse Fausto Ribeiro, presidente do BB.

Por fim, o balanço do quarto trimestre será o último sob a responsabilidade de atual gestão. Mas a divulgação dos números ficará a cargo da equipe que o governo do presidente Lula colocar à frente do BB. Durante a campanha, o presidente eleito declarou que pretende "enquadrar o BB".

Veja também:

Banco do Brasil: crédito e inadimplência

O Banco do Brasil encerrou o terceiro trimestre com uma carteira de crédito de R$ 969 bilhões, um crescimento trimestral de 5,4% e de 19% em 12 meses.

Assim como os concorrentes, o BB também apresentou um aumento da inadimplência. Mas ainda assim em níveis bem mais comportados. O índice de atrasos acima de 90 dias na carteira do banco subiu de 2% para 2,34% no trimestre.

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A diferença para o resultado de Bradesco e Santander é que o Banco do Brasil registrou um avanço bem menor nas despesas com provisões para perdas o crédito.

A chamada PDD cresceu 15,1% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, para R$ 4,5 bilhões. Assim, o BB acabou consumindo uma parte do "colchão" que tinha no balanço, o que pode não ser tão bem visto pelo mercado.

No total, a margem financeira líquida do BB — a linha do balanço que contabiliza as receitas com crédito menos os custos de captação — avançou 28,4% e chegou aos R$ 15 bilhões.

Banco do Brasil: receita com tarifas cresce

Outro destaque do balanço do Banco do Brasil, pelo menos do ponto de vista do investidor, veio da receita com prestação de serviços. O ganho com tarifas aumentou 14,6% no terceiro trimestre deste ano, para R$ 8,5 bilhões.

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Ao mesmo tempo, as despesas administrativas do BB cresceram em um ritmo menor, de 6,2%, e somaram R$ 8,4 bilhões.

Projeções para 2022 revisadas para cima

Junto com o balanço, o Banco do Brasil revisou para cima as projeções (guidance) para o resultado de 2022. A expectativa para o lucro líquido, que era de um intervalo entre R$ 27 bilhões e R$ 30 bilhões, passou para uma faixa de R$ 30,5 bilhões a R$ 32,5 bilhões. Veja abaixo:

Vem dividendo aí

Além do resultado, o Banco do Brasil anunciou o pagamento de R$ 2,3 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP). Confira o valor por ação:

O BB pagará os dividendos em 30 de novembro, tendo como base a posição acionária de 21 de novembro. Ou seja, as
ações serão negociadas “ex” (sem direito aos proventos) a partir do dia 22.

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VEJA TAMBÉM- Ações do Bradesco despencam quase 18% após resultados péssimos no 3° tri, mas o pior ainda está por vir - Credit Suisse alerta: venda as ações

As expectativas em relação ao Bradesco já eram baixas, mas ele ainda conseguiu decepcionar no terceiro trimestre deste ano ao apresentar resultados desastrosos no período. Assim, o Credit Suisse não teve dó e rebaixou a recomendação.

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