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Ameaça para Magalu? AliExpress fecha parceria com Infracommerce (IFCM3) no Brasil e pode aumentar rivalidade entre varejistas

AliExpress

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De olho na chegada de um dos períodos mais cobiçados pelo varejo nacional, a AliExpress, divisão de marketplace do grupo chinês Alibaba (BABA), fechou uma parceria com a Infracommerce (IFCM3), plataforma de e-commerce nacional.

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A dupla prevê uma solução logística de ponta a ponta que será operada pela Caniao — divisão deste segmento da empresa chinesa — para realizar entregas no mesmo dia em boa parte do Brasil, com exceção da região norte.

A investida também traz a intenção clara de bater de frente com o Mercado Livre (MELI34), que desponta no setor varejista especialmente por causa de suas entregas feitas no mesmo dia ou até 24 horas.

A ideia da Infracommerce e da AliExpress é diminuir a necessidade de gestão de vendas dos comerciantes de sua plataforma, o que pode ajudar principalmente negócios menores, inclusive aqueles que atualmente vendem produtos em concorrentes da AliExpress, como Shopee ou Shein.

Além da agilidade de entrega, a plataforma também prevê valores fixos para envios, outro fator de competitividade.

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A solução já está funcionando e deve dar um gás extra à nova campanha da AliExpress que termina no dia 11 de novembro. A novidade é ambiciosa, já que a partir do dia 1º do próximo mês, o site terá 11 dias de promoções que chegam a 90%, segundo a companhia.

As promoções agressivas chegam para competir com outras varejistas brasileiras, que se aquecem para a Black Friday com o impulso da Copa do Mundo e pertinho do Natal — e não é de hoje que as gigantes chinesas ameaçam Magazine Luiza (MGLU3) ou Americanas (AMER3).

Por que a AliExpress escolheu a Infracommerce (IFCM3) como parceira

A Infracommerce (IFCM3) vem se firmando como especialista em oferecer soluções para os varejistas interessados em vender seus produtos pela internet nos últimos anos.

Ela conseguiu capturar a última janela de IPOs da bolsa brasileira antes da fonte de dinheiro secar e estreou na B3 em maio de 2021, quando levantou R$ 870 milhões.

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Com esse dinheiro, foi às compras e tomou dívidas para crescer rápido num primeiro momento e lucrar depois.

De lá pra cá, foram quatro aquisições, três delas em sequência e na corrida para ganhar escala: a argentina Summa Solutions em julho de 2021 por US$ 9 milhões; a Tatix em agosto do mesmo ano por R$ 124 milhões.

Mas o maior passo da Infracommerce veio com o anúncio da compra da Synapcom no mês seguinte, por impressionantes R$ 1,2 bilhão. Por fim, a companhia levou a Tevec em janeiro deste ano por R$ 25 milhões — também um passo para disputar espaço com Magazine Luiza, Mercado Livre e Amazon (AMZO34).

Com seu tamanho, capilaridade e conhecimento do mercado nacional, ela tende a ser uma boa parceira para a AlixExpress.

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