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Por que Tesla e MicroStrategy ficaram de fora do ETF da Grayscale, que vai reunir ações de 22 empresas focadas em bitcoin (BTC) e criptomoedas?

Foto de um bitcoin com as letras ETF ao lado direito

Apesar de ainda não poder lançar um fundo com preço à vista de bitcoin (BTC), a Grayscale Investments decidiu entrar de cabeça no mercado de fundos de índice negociados em bolsa (chamados de ETFs, em inglês) mesmo assim.

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A Grayscale já é gigante no mercado de criptomoedas, conhecida por oferecer bitcoin e outros ativos digitais em forma de fundos de investimento, com mais de US$ 38 bilhões em ativos sob gestão. 

Em seu mais novo passo estratégico, a empresa se uniu à Bloomberg para firmar raízes no mercado de ações tradicional com o Grayscale Future of Finance ETF.

“O novo produto se baseia em nossos pontos fortes históricos, ao mesmo tempo em que inicia o próximo estágio de nossa evolução como gestor de ativos que ajuda os investidores a construir portfólios que podem resistir ao teste do tempo”, disse Michael Sonnenshein, CEO da Grayscale Investments.

O ETF de empresas ‘amigas do bitcoin’

O novo ETF, chamado de futuro das finanças, vai replicar o índice Bloomberg Grayscale Future of Finance (BGFOF), lançado em janeiro entre as duas empresas parceiras.

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O BGFOF acompanha o desempenho de 22 empresas que possuem laços reais com o bitcoin e outros ativos digitais.

Assim, farão parte da cesta do fundo ações como PayPal, Robinhood e Block (antes chamada de Square), além de companhias de criptografia puras, como a Coinbase, e de investimento, como Silvergate Capital.

Hoje não, Elon Musk

As ações de empresas que simplesmente possuem a criptomoeda em seus balanços ou aceitam como forma de pagamento não vão fazer parte do fundo.

Ou seja, apesar de ser fã número um de criptomoedas, Elon Musk vai ter que assistir a diversão pela janela. Assim como a MicroStrategy, sua montadora Tesla ficará de fora da cesta de ativos desta vez. 

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Além deles, fabricantes de chips para mineradores de criptomoedas e processadoras de pagamentos digitais também não serão incluídas no novo ETF.

Como funciona o ETF

O novo ETF Grayscale será negociado na bolsa de valores de Nova York (Nyse) sob o ticker GFOF.

Os fundos de índice permitem que os investidores comprem commodities ou uma cesta de ações em forma de ações, com uma taxa de administração mais baixa.

Assim, com o fundo da Grayscale, o investidor poderá realizar uma única compra de ações para apostar no desempenho de 22 empresas comprometidas com o mercado cripto.

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A luta pelo ETF de bitcoin

O lançamento do ETF ligado a criptomoedas acontece enquanto a Grayscale briga com a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana, a SEC, para tentar aprovar o seu fundo de bitcoin.

A gigante recebeu um forte “não” da SEC ao tentar converter seu carro-chefe, o fundo Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), em um ETF no mercado à vista.

Isso porque a SEC não enxerga o bitcoin e outras criptomoedas como ativos, mas como commodities. Portanto, a comissão tende a não aprovar ETFs em cripto, mesmo que esse seja um desejo do mercado.

Caso fosse aprovado, os investidores poderiam comprar bitcoin diretamente pelo ETF, que seria apoiado no preço à vista (spot) da criptomoeda, não só vinculado através de contratos futuros, como acontece atualmente.

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A batalha na justiça não só atrasou os planos da Grayscale, como também afetou diretamente o GBTC.

As ações do fundo costumam acompanhar de perto as cotações do bitcoin. Entretanto, nas últimas semanas, o preço do fundo despencou mais de 25% além da queda da criptomoeda.

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