O barril do petróleo é cotado hoje nos preços mais altos desde julho de 2014 diante do avanço do exército da Rússia em direção a Kiev, a capital da Ucrânia.
A disparada do preço do petróleo é sustentada pelos temores de escassez de oferta diante dos ataques russos.
Referência internacional do mercado, o petróleo do tipo Brent chegou a US$ 106,53 por barril, subindo 8,7% e atingindo o preço mais elevado desde 2014.
O petróleo WTI, negociado nos EUA, subia 9,4%, a US$ 104,65 por barril por volta das 13h.
No mesmo horário, os ADRs da Petrobras em Nova York subiam quase 5%.
Canadá proíbe importações de petróleo russo; EUA liberam reservas
O Canadá anunciou ontem a proibição às importações de petróleo russo. Até agora, o Canadá é o único país a mirar diretamente a indústria de energia da Rússia.
As sanções financeiras impostas pelos EUA e seus aliados ocidentais têm brechas para que os pagamentos por energia, principalmente gás natural, continuem.
Em contrapartida, os EUA e diversos de seus aliados na Europa anunciaram a liberação de parte de suas reservas estratégicas de petróleo.
Ao todo, EUA, Alemanha, Reino Unido, Itália e outros países europeus despejaram 60 milhões de barris no mercado. Desse total, 30 milhões devem ser liberados pelos EUA.
Petróleo já vinha em alta antes da guerra
O preço do petróleo já se encontrava sob pressão antes de a Rússia invadir a Ucrânia.
A demanda se recuperou dos impactos iniciais da pandemia, enquanto a oferta permaneceu restrita.
A Opep e seus aliados, o que inclui a Rússia, se reunirão esta semana para discutir a produção de abril.
*Com informações da CNBC e da CNN.