Encontrar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal tornou-se uma importante questão a ser considerada no contexto pós- pandemia. Ter horários disponíveis para lazer e atividades pessoais e, ao longo do dia, desempenhar as funções profissionais é o que muitos trabalhadores desejam.
Em outras palavras, falamos da flexibilidade e da produtividade, andando de mãos dadas, de olho no bem-estar. O fenômeno da “grande demissão” é o exemplo mais prático para entender a busca pelo equilíbrio entre “tempo livre” e jornada de trabalho.
De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) , a harmonia entre a vida pessoal e a profissional é vista com maior ênfase em países da Europa.
Segundo o relatório, “as evidências sugerem que longas horas de trabalho podem prejudicar a saúde pessoal, comprometer a segurança e aumentar o estresse”.
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Países com a melhor relação entre trabalho e bem-estar
De acordo com ranking da OCDE ― que elencou 41 países entre membros e potenciais, como África do Sul, Brasil e Rússia ― 10% dos trabalhadores trabalham 50 horas ou mais por semana. Por outro lado, são utilizadas 15 horas, em média, para atividades pessoais.
Como critério para o ranqueamento dos países, contaram-se a relação entre horas trabalhadas e de lazer ao longo de 24h, em uma escala de 0 a 10.
Entre os oito países em que as pessoas mais desfrutam desse equilíbrio, a Itália é a melhor colocada, em que apenas 3% dos funcionários trabalham mais de 50 horas por semana. Além disso, os italianos dedicam de 16,5 horas, em média, ao tempo “livre”. Veja os melhores colocados:
- Itália
- Dinamarca
- Noruega
- Espanha
- Holanda
- França
- Suíça
- Alemanha
Ainda no ranking, o México é o país em que os profissionais trabalham mais horas por dia. Cerca de 27% dos mexicanos possuem jornada superior a 50 horas semanais, seguidos de Turquia (25%) e Colômbia (24%).
O Brasil ocupa o 27º lugar no ranking, apesar da média de trabalho semanal estar abaixo da média geral da OCDE. Cerca de 6% dos brasileiros trabalham muitas horas; por outro lado, também dedicam menos horas ao lazer: um pouco mais de 14 horas, enquanto a média da OCDE é de 15 horas.