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Outra ameaça? Saiba por que Biden disse que varíola do macaco é algo para todo mundo se preocupar

Biden de máscara

O presidente dos EUA, Joe Biden, de máscara.

Está difícil ter um dia de paz nos últimos anos. Depois do ápice da pandemia de covid-19, a Rússia invadiu a Ucrânia, a inflação disparou no mundo e, agora, a luz de alerta volta a se acender na saúde global.  O porta-voz das más notícias é o presidente norte-americano, Joe Biden.

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Ele disse neste domingo (22) que os casos recentes de varíola do macaco identificados na Europa e nos EUA são algo “para se preocupar”. 

“Caso se espalhe, terá consequências", afirmou Biden, em sua primeira declaração pública sobre o assunto.

O chefe da Casa respondeu a uma pergunta sobre a doença enquanto conversava com repórteres na base aérea de Osan, na Coreia do Sul. Ele visitou as tropas locais antes de decolar para o Japão, em sua primeira visita oficial à Ásia como presidente.

Biden: vacinas estão a caminho

Ao que tudo indica, a disseminação da varíola do macaco pelo mundo pode ser uma questão de tempo — embora ainda não se saiba quanto.  Isso porque os cientistas já estão se antecipando e trabalhando em uma vacina específica contra a doença. 

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"Ainda não me disseram o nível de exposição, mas é algo para todo mundo se preocupar"

Joe Biden, acrescentado que o trabalho para determinar qual vacina poderia ser eficaz está em andamento

Segundo o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, os EUA possuem suprimentos de "uma vacina relevante para tratar a varíola do macaco”.

"Temos imunizante disponível para isso", afirmou.

Não existe vacina específica para a varíola do macaco, mas um imunizante contra varíola oferece 85% de proteção, já que os dois vírus são bastante semelhantes.

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Surto deixa especialistas atordoados

Não foi só Biden que fez o alerta, especialistas que monitoraram surtos anteriores de varíola do macaco disseram que estão atordoados com a recente disseminação do vírus na Europa e na América do Norte.

A varíola do macaco raramente é identificada fora da África, mas até este domingo (22), havia mais de 90 casos confirmados na América do Norte, na Europa e na Oceania, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). 

O mapa abaixo mostra a distribuição geográfica dos casos confirmados e suspeitos entre 13 a 21 de maio de 2022:

Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS)

"Essa não é o tipo de disseminação que temos visto na África, então pode haver alguma coisa nova acontecendo agora", disse um dos especialistas ouvidos pelo The Independent. 

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Embora a doença pertença à mesma família de vírus da varíola, seus sintomas são mais leves. Os infectados geralmente se recuperam em duas a quatro semanas sem hospitalização, mas, em algumas ocasiões, a doença é fatal

Europa e América do Norte investigam

Casos de varíola do macaco estão sendo investigados nos EUA, Canadá e em vários países europeus, bem como na Austrália.

De acordo com a mídia local, recentemente novos casos foram relatados na Bélgica, França e Alemanha.

Itália, Suécia, Espanha, Portugal, EUA, Canadá e Reino Unido — onde o primeiro caso europeu foi relatado — também já confirmaram infecções. 

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Embora o vírus não se espalhe facilmente entre as pessoas, vários desses países já estão se preparando para o pior. 

O governo britânico comprou estoques de vacina e começou a oferecê-la àqueles com "níveis mais altos de exposição" à varíola dos macacos.

As autoridades de saúde espanholas também adquiriram milhares de doses para lidar com o surto, segundo o jornal El País.

A tabela abaixo mostra o número de casos de varíola do macaco relatados à Organização Mundial de Saúde (OMS) entre 13 e 21 de maio de 2022:

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PaísConfirmadosSuspeitos
Austrália1 a 50
Alemanha1 a 50
Bélgica1 a 51 a 5
Canadá1 a 511 a 20
Espanha21 a 306 a 10
EUA1 a 50
França1 a 51 a 5
Holanda1 a 50
Itália1 a 50
Portugal21 a 300
Reino Unido21 a 300
Suécia1 a 50
Total9228
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS)

Biden falou, mas o que diz a OMS?

Desde 13 de maio de 2022, casos de varíola dos macacos foram relatados à OMS por 12 membros, em três regiões.

Segundo a agência de saúde da ONU, as investigações epidemiológicas estão em andamento, no entanto, os casos relatados até agora não têm ligações de viagem estabelecidas para áreas endêmicas.

A situação está evoluindo e a OMS espera que haja mais casos de varíola do macaco identificados à medida que a vigilância se expande em países não endêmicos.

Segundo a organização, as ações imediatas se concentram em informar aqueles que podem estar em maior risco de infecção com informações precisas a fim de impedir uma maior disseminação.

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As evidências atuais disponíveis, segundo a OMS, sugerem o maior risco está entre pessoas que tiveram contato físico com alguém contaminado com a varíola do macaco enquanto são sintomáticos.

A OMS também está trabalhando para fornecer orientações para proteger os profissionais de saúde da linha de frente e que possam estar em risco, como equipes de limpeza.

*Com informações da BBC, da AP e do The Independent

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