Quase todos os principais candidatos à Presidência da República usaram hoje suas redes sociais para manifestar repúdio à tentativa de assassinato da vice-presidente da vizinha Argentina, Cristina Fernández de Kirchner. Veja o vídeo do atentado em nosso perfil do TikTok e aproveite para nos seguir por lá (basta clicar aqui):
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Líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou solidariedade a Cristina e celebrou o fato de ela ter escapado ilesa.
Ciro Gomes (PDT) também se solidarizou com a ex-presidente e atual vice-presidente da Argentina.
Simone Tebet (MDB) usou as redes para reafirmar sua posição pela paz na política.
Entre os principais candidatos à presidência, somente Jair Bolsonaro (PL) não se manifestou até o momento.
O que se sabe sobre o atentado contra Cristina Kirchner
A tentativa de ataque a Cristina Kirchner ocorreu no fim da noite de ontem, quando a vice-presidente chegava a sua casa, situada no bairro bonaerense de La Recoleta.
Filmado de diversos ângulos, um homem aponta uma pistola na direção do rosto de Cristina e puxa o gatilho. A arma falha e o suspeito tenta fugir.
O homem é posteriormente dominado e entregue às forças de segurança. De acordo com autoridades locais, a pistola foi encontrada perto do local do ataque e tinha cinco balas no carregador.
Quem é o suspeito de tentar atirar na vice-presidente argentina
O homem foi identificado como Fernando Andrés Sabag Montiel, um motorista de aplicativo de 35 anos de idade.
Montiel nasceu no Brasil, mas é filho de mãe chilena e pai argentino, segundo o Itamaraty. Reside na Argentina desde os 6 anos de idade.
Ele já tinha passagem pela polícia. No ano passado, depois de ser abordado pela polícia, acabou autuado por portar uma faca com uma lâmina de 35 centímetros de comprimento. Na ocasião, Montiel disse que andava com a arma como um item de “defesa pessoal”.
Em suas redes sociais, ele exibe em um dos braços uma tatuagem do “sol negro”, imagem comumente associada a grupos neonazistas.
Polícia argentina investiga motivação para atentado
A polícia argentina investiga o que teria motivado Montiel a tentar matar Cristina Kirchner, mas ainda não divulgou detalhes sobre as linhas de apuração.
"Esse caso tem gravidade institucional. Atentou-se contra nossa vice-presidente e nossa paz social foi alterada. Afeta nossa democracia, nossa convivência sofre as consequências dos discursos de ódio", afirmou o presidente Alberto Fernández.
Devido ao atentado, as sessões do Parlamento argentino estão suspensas.
Até mesmo o Campeonato Argentino foi paralisado depois do ataque.
Quem é Cristina Kirchner
A atual vice-presidente ganhou prominência política em escala nacional nas últimas duas décadas.
Primeira-dama do ex-presidente Néstor Kirchner, Cristina elegeu-se presidente e senadora depois da morte do marido.
Assumiu a vice-presidência em 2019, eleita na chapa encabeçada por Alberto Fernández.
A tensão política na Argentina vem se acentuando em meio a uma grave crise econômica.
No fim de agosto, a promotoria pública da Argentina pediu 12 anos de prisão para Cristina em um processo por corrupção.
A vice-presidente afirma que as acusações contra ela se tratam de perseguição judicial e acusa a promotoria e os juízes de atuarem em conluio em detrimento de seu direito à defesa.
Depois do pedido da promotoria, simpatizantes de Cristina passaram a fazer uma vigília em frente a sua casa como demonstração de apoio.