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Copia mas não faz igual: Por que o BC dos Estados Unidos quer lançar um “Pix americano” e atrelar sistema a uma criptomoeda

Pix dos Estados Unidos quais as semelhanças e diferenças entre o sistema brasileiro e o norte-americano

Com quase dois anos de existência, o sistema de pagamentos instantâneo brasileiro — conhecido pela popular sigla Pix — caiu no gosto da população. Agora, quem quer copiar a ideia é o maior Banco Central do mundo, o Federal Reserve, dos Estados Unidos.

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Em uma coletiva virtual, a vice-presidente do Fed, Lael Brainard, fez o anúncio de que o Pix dos EUA deve sair entre maio e julho do ano que vem. O chamado FedNow “será uma inovação importante para o sistema de pagamentos em empresas de qualquer tamanho nos Estados Unidos”, nas palavras de Brainard.

Assim como o Pix, o sistema também estará disponível 24h por dia, sete dias por semana e a ideia é tornar as transações instantâneas. Não foram divulgadas maiores informações sobre os custos de negociação por esse método.

Sistema americano de transações FedNow. Fonte: Federal Reserve
Sistema instantâneo de pagamentos brasileiro. Fonte: Banco Central Brasileiro.

Dólar digital, faz um Pix aí 

O FedNow surgiu na esteira dos debates sobre a criação de uma Central Bank Digital Currency (CDBC, na sigla em inglês). Nos EUA, essa criptomoeda de Banco Central será o dólar digital — no caso brasileiro, o real digital, que também está em um estágio mais avançado do que o seu equivalente norte-americano.

Isso porque o FedNow serviria para substituir o projeto do dólar digital no setor de pagamentos pessoa a pessoa (peer-to-peer ou P2P). Alguns representantes do BC americano são contra a criação de uma criptomoeda emitida pela autoridade monetária.

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Já no caso brasileiro, o real digital seria focado em transações entre empresas (business-to-business ou B2B), tendo em vista que o Pix já cumpre esse papel no varejo.

Por que demorou tanto?

Wall Street pode parecer extremamente moderna e antenada, mas o resto dos Estados Unidos gosta mesmo do papel moeda. As transações digitais não são muito populares no país.

Inclusive, o Brasil é considerado um celeiro de inovações digitais no campo financeiro.

De acordo com o presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, outros países acompanharam o desenvolvimento do Pix e pretendem copiar o projeto em seus respectivos ambientes.

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O Fed preferiu deixar de lado a inovação financeira e focar mais na segurança dos seus sistemas — afinal, uma falha no maior BC do mundo seria globalmente caótica.

Vai, Brasil! Pix e CDBC na frente

Enquanto o Pix já é uma realidade no dia a dia do Brasil, o projeto do real digital deve ser lançado em algum ponto de 2023 — mas os testes começam ainda em setembro deste ano, de acordo com o calendário do Lift Challenge do Banco Central.

Já tanto o FedNow quanto o dólar digital são promessas que devem começar a ser debatidas em 2023. As eleições de meio de ano nos EUA, marcadas para 8 de novembro, devem adiar ainda mais o calendário de debates sobre essas propostas em 2022.

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