O metaverso foi considerado um dos projetos mais promissores no mundo das criptomoedas no início de 2021. Mas o bear market se fez presente e retirou recursos do mercado, o que fez os preços dos terrenos despencarem.
De acordo com um levantamento feito pela WeMeta, os espaços digitais à venda em protocolos do metaverso — entre eles, Decentaland, The Sandbox, Voxel, entre outros — perderam cerca de 85% do valor em 2022.
O preço médio dos terrenos vendidos na Decentraland — cujo token (criptomoeda) leva o mesmo nome, com o ticker MANA — atingiu o pico de US$ 37.238 em fevereiro de 2022.
Em 1º de agosto, porém, seus preços caíram para uma média de US$ 5.163. O mesmo aconteceu com as vendas do Sandbox: em janeiro deste ano, os preços atingiram os US$ 35.500, mas caíram para aproximadamente US$ 2.800 em agosto.
Assim, o preço dos terrenos dos principais representantes do metaverso hospedados na rede do ethereum (ETH) saiu de US$ 17.000 em janeiro para cerca de US$ 2.500 em agosto, ou um declínio de 85%.
Vendas no metaverso em queda
Nas máximas em novembro do ano passado, o volume de vendas de terrenos no metaverso somou pouco mais de US$ 60 milhões; em julho deste ano, o mesmo indicador mal conseguiu superar os US$ 10 milhões.
Em 2021, o metaverso ficou popular depois que o Facebook mudou seu nome para Meta. A empresa do bilionário Mark Zuckerberg fez a mudança para preparar a empresa por trás da rede social para a nova fase do universo digital.
A partir daí, outros projetos apareceram — e desapareceram, tendo em vista que o crash da Terra (LUNA) abalou o mercado e fez sumir os projetos mais arriscados do setor de criptomoedas. Entre eles, protocolos relacionados ao metaverso.
Mas isso não afasta investidores
Entretanto, o metaverso é um dos segmentos do universo digital que mais recebeu recursos dos venture capitals (VC) em julho. O montante chegou a quase US$ 100 milhões — valor que representa cerca de um quinto do dinheiro investido em projetos de Web 3.0.
Entretanto, existem alguns motivos para o metaverso ainda não ter deslanchado além da falta de recursos. Analistas entendem que a pandemia de covid-19 foi uma das causas dessa aversão pelo universo digital.
A migração forçada para o mundo virtual fez com que os usuários não se sentissem mais tão confortáveis com as atividades na frente do computador. A tendência deve se reverter após a pior fase do isolamento social e retomada das atividades presenciais.