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Ethereum Classic (ETC) dispara quase 20% hoje com ‘revolta’ de mineradores; entenda se vale a pena investir nessa criptomoeda

A versão “clássica” do éter, o Ethereum Classic (ETC), deu um salto de 20% nos últimos sete dias — 18% de alta só hoje; entenda o que houve

Enquanto os olhos do mundo cripto se voltam para a primeira etapa da atualização do ethereum (ETH), outra moeda digital disparou nesta terça-feira (06). A versão “clássica” do éter, o Ethereum Classic (ETC), deu um salto de 20% nos últimos sete dias — 18% de alta só hoje.

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Essa criptomoeda nada mais é do que uma cópia da rede do ethereum que foi dividida devido a problemas no passado da blockchain

Entretanto, a disparada tem pouco a ver com a criação de projetos ou outras novidades na rede e mais com a “revolta” dos mineradores. O The Merge fará uma atualização no sistema de validação da rede, que passa a migrar do sistema de proof-of-work (PoW, prova de trabalho) para o proof-of-stake (PoS, a prova de participação).

O que acontece é que nem todos os mineradores ficaram felizes com essa mudança. Essa atualização exige também novos softwares e máquinas para que os operadores de nós (validadores da rede) continuem seu trabalho — e isso nem sempre é fácil ou barato. 

Assim, existe o movimento de migração para a rede do ethereum classic — que usa o método PoW — e essa procura pelo token ETC fez os preços subirem. 

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O que é o ethereum classic

Para entender melhor o que aconteceu, vamos voltar a julho de 2016. Houve um ataque hacker à organização autônoma descentralizada (DAO, em inglês) que comandava a rede do ethereum. Os criminosos encontraram uma falha na blockchain e extorquiram um terço dos fundos da rede. 

Enquanto alguns desenvolvedores entendiam que era preciso corrigir o erro da blockchain e “apagar” o que havia sido feito, outros programadores defendiam a imutabilidade da rede. Portanto, deveriam manter aquele evento na história da blockchain. 

Naquele mesmo ano, a comunidade decidiu por fazer um fork (divisão) da rede: assim, surgia o ethereum (ETH) e o ethereum classic (ETC). Os usuários que tinham tokens (criptomoedas) na rede antiga agora possuem a mesma quantidade na rede “forkada” — ou seja, quantidades iguais de ETH e ETC.

Vale a pena participar de um “fork” da rede?

Essa pode ser uma alternativa para resolver impasses entre desenvolvedores, apesar de gerar certa turbulência no mercado.

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Do ponto de vista do investidor — que não precisa ter conhecimentos extremamente técnicos para negociar criptomoedas — estar em uma rede que será dividida pode ser positivo. Afinal, receber novas criptomoedas de graça é sempre uma oportunidade.

Porém, a rede antiga tende a cair em desuso e, seu token, perder valor rapidamente. O crescimento da blockchain também não acontece na mesma velocidade do que na rede nova.

Caso a caso

No caso do ethereum, o token ETC custa cerca de US$ 40, enquanto o ETH vale US$ 1.600. Outra criptomoeda que também teve um fork de rede foi o bitcoin (BTC), e a lógica seguiu a mesma: enquanto o BTC vale quase US$ 20 mil, o bitcoin cash (BCH) está cotado em US$ 124. 

Por isso, é preciso conhecer o projeto antes de investir seu dinheiro em qualquer rede ou entrar em uma blockchain que acabou de ser dividida.

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Um novo fork do ethereum?

Há ainda uma proposta de um grupo de desenvolvedores para realizar mais um fork na rede do ethereum para manter a blockchain com mineração pelo método PoW e outra PoS.

Esse “novo ethereum” teria o token ETHPOW, mas diversas plataformas e exchanges já afirmaram que não devem aderir a qualquer nova criptomoeda que use o PoW devido aos impactos ambientais desse mecanismo. Leia mais sobre ele aqui.

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