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Bitcoin (BTC) segue descendo a ladeira e chega aos US$ 28 mil; Terra (LUNA) aprofunda perdas e cai 98,5%

Bitcoin recua e perde os US$ 47 mil e criptomoedas recuam hoje

A luz de alerta continua acesa para o bitcoin (BTC). A maior criptomoeda do mundo segue em forte queda, descendo ao patamar de US$ 28 mil na noite desta quarta-feira (11).

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E o BTC não está descendo a ladeira sozinho. O mercado cripto em geral está em baixa, mas quem chama mesmo atenção é a Terra (LUNA), que vive seus próprios problemas e vira pó com uma queda de 92,41% em 24h. 

Por volta de 20h00, o bitcoin (BTC) caía 6,39%, cotado a US$ 28.876,38. Confira a performance de algumas das principais criptomoedas do mundo:

NomePreço24h %7d %
Bitcoin (BTC)US$ 28.876,38-6,39%-27,28%
Ethereum (ETH)US$ 2.082,45-10,22%-28,87%
Tether (USDT)US$ 0,9965-0,33%-0,36%
USD Coin (USDC)US$ 1,00+0,02%+0,09%
BNB (BNB)US$ 269,84-13,71%-32,92%

Crise nas infinitas Terras

Os fãs de quadrinhos podem ter identificado a saga da Crise nas Infinitas Terras da DC, mas também vão perceber que o mercado de criptomoedas não está muito diferente. 

Estamos falando dos problemas envolvendo o protocolo da Terra Network, que engloba a criptomoeda Terra (LUNA) e a stablecoin TerraUSD (UST). Ambas entraram no foco dos investidores após problemas com o código e paridade com o dólar da moeda digital.

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Histórico da crise que chegou ao bitcoin

Recapitulando: em questão de poucos dias, houve uma falha no protocolo da criptomoeda Terra — atrelada à stablecoin TerraUSD — que fez com que as cotações despencassem. Alguns entusiastas de cripto afirmam que não houve problemas e que a blockchain é vítima de um FUD (sigla em inglês para rumor que gera medo e incerteza no mercado). 

Seja como for, a LUNA começou a despencar e levou junto a stablecoin UST, que perdeu paridade com o dólar nos últimos dias. Isso gerou uma desconfiança do protocolo e fez as cotações despencarem mais uma vez.

Em números: a queda da Terra

Para quem chegou a ser um dos cinco maiores projetos do mundo em criptomoedas, a Terra (LUNA) derreteu 97,45% de acordo com o Coin Market Cap e caiu para a 96ª posição.

Desde as máximas históricas em US$ 119, a LUNA perdeu 99,13% do seu valor, caindo para os US$ 1,03.

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Já a stablecoin UST está totalmente desestabilizada, valendo cerca de US$ 0,393, 70% menor do que a paridade necessária para acompanhar o dólar.

"Se fosse apenas um pequeno projeto, não haveria grandes problemas, mas o TerraUSD, que tem uma capitalização de mercado de aproximadamente US$ 16 BI, e é um dos maiores projetos de stablecoins do universo DeFi, que mora o problema", comenta Lucas Schoch, CEO da Bitfy.

O fim da Terra?

“Esse evento é o mais importante para o mercado cripto desde a covid-19, expõe uma série de falhas da formação de stablecoins algorítmicas e vai acender um debate da regulação mais pesada sobre essa classe de criptomoedas”, comenta o CEO da Unblock Capital, Ricardo Assaf.

A própria Secretaria do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, conhecida por seus posicionamentos duros contra as stablecoins, aproveitou a oportunidade para voltar a criticar essas criptomoedas com lastro em outras moedas. 

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Entretanto, esse não deve ser o fim da Terra. “LUNA vai sobreviver em uma escala muito menor, vai ter que se reorganizar com o tempo. Mas ela tem uma formulação técnica e qualidade de desenvolvedores muito bons”, comenta Assaf. 

E como isso afeta o bitcoin hoje

A crise do mercado de criptomoedas começou com a Terra e se ampliou até às demais moedas do mercado, afetando até mesmo o bitcoin.

Isso porque a Luna Foundation Guard, responsável pela manutenção da Terra Network, vendeu o equivalente a US$ 1,5 bilhão em bitcoins na tarde de ontem (10) para tentar assegurar a paridade da UST com o dólar, sabendo que o protocolo também tinha uma reserva em BTC. 

Assim, a queda do mercado se deve principalmente à crise de confiança com a Terra (LUNA) e à venda desenfreada de BTCs no momento — além do pânico causado pelas perdas recentes e cenário macro desfavorável.

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