Tudo começou com um rigoroso inverno. Os adultos primeiro construíram um monte artificial de neve e gelo em um campo aberto. Depois, um trenó foi levado até o topo, as pessoas embarcaram e o veículo foi colocado para deslizar pelo declive.
A sensação vertiginosa provocada pela velocidade na descida rapidamente tornou-se uma brincadeira bastante popular nos arredores de São Petersburgo no fim do século XVIII.
Dizem que começou assim a história da montanha-russa, batizada dessa forma por empreendedores europeus que levaram a brincadeira para além das fronteiras da Rússia.
Em 1812, Paris ganhou sua primeira montanha-russa de gravidade. O primeiro looping data de 1846. Dali em diante as montanhas-russas foram sendo aperfeiçoadas mais e mais.
Com o passar dos anos, elas passaram a envolver engenheiros de ponta e foram usadas até pela Nasa no treinamento de astronautas.
Vieram também as ressignificações da montanha-russa. Uma delas é bastante popular no mercado financeiro. Refere-se aos movimentos bruscos de um ativo ou de um índice.
E quem está embarcado nessa montanha-russa é o Ibovespa. Depois de subir, subir e subir, despontando como um dos índices de melhor desempenho no mundo no primeiro trimestre, o Ibovespa entrou numa descida daquelas e despenca quase 9% em abril.
Incumbimos então nossa engenheira de montanhas-russas, Jasmine Olga, de elaborar um diagnóstico detalhado e tentar descobrir em que ponto da ladeira o Ibovespa se encontra. O resultado você confere na reportagem especial de hoje do Seu Dinheiro.
O que você precisa saber hoje
ESQUENTA DOS MERCADOS
Balanços animam bolsas no exterior; Ibovespa acompanha IGP-M, Vale (VALE3) e dados do governo hoje. O resultado do primeiro trimestre da Meta (Facebook) entusiasmou os investidores pela manhã e sustenta as altas do dia.
A RETOMADA COMEÇOU?
Ajudada pelo dólar mais baixo, Gol (GOLL4) lucra R$ 2,6 bilhões no 1º trimestre; receita líquida dobra em um ano. A queda da moeda norte-americana provocou um forte alívio nas despesas financeiras da companhia aérea. Mas, no lado operacional, as coisas também foram bem.
PERFORMANCE OPERACIONAL
Preço em alta, produção também: veja o quanto a Petrobras (PETR4) entregou de petróleo no primeiro trimestre. Mais uma vez, a produção no pré-sal voltou a bater recorde entre janeiro e março, correspondendo a cerca de 60% do total.
COFRES CHEIOS
Petrobras (PETR4) mais perto de engordar caixa com venda bilionária para subsidiária da PetroRio (PRIO3); veja detalhes do negócio. Transação está alinhada à estratégia de gestão de portfólio e à melhoria de alocação do capital da estatal, que está cada vez mais concentrada na produção e exploração em águas profundas.
BALANÇO DA MINERADORA
Vale (VALE3) volta a desapontar com resultado do 1T22, mas novo programa de recompra sustenta forte alta dos ADRs em NY. O lucro líquido veio abaixo do previsto mesmo com o patamar ainda elevado de preço do minério de ferro.
OPORTUNIDADE OU FURADA?
Vale (VALE3) em queda: ações derretem 14% em um mês, mas desvalorização pode ser oportunidade de comprar barato; saiba o porquê e os riscos. Com lockdowns na China e chuvas por aqui, os papéis da mineradora sofreram um baque neste mês, diz a analista Larissa Quaresma.
ABRIRAM A TORNEIRINHA
Dividendos: Cinco empresas vão distribuir mais de R$ 460 milhões em proventos aos acionistas; veja quem são elas. Vão depositar dinheiro na conta dos investidores a Companhia Energética de Brasília (CEBR3), a JSL (JSLG3), a Odontoprev (ODPV3), a PetroReconcâvo (RECV3) e a Rumo (RAIL3).
ESTRADA DO FUTURO
Coisas estranhas acontecem com a Netflix. Vale a pena investir em NFLX34 após a queda de quase 60% das ações? Para o colunista Richard Camargo, o resultado trimestral da empresa de streamings deixa claro aos investidores que é preciso diferenciar um bom produto de um bom investimento.
Um abraço e uma ótima quinta-feira para você!