A esperança é a última que morre. Um ditado popular que dispensa gracejos infames e cai como uma luva sobre o ânimo dos investidores neste início de semana.
Afinal, é a esperança dos investidores de que os sinais de desaceleração da alta dos preços possam amolecer o coração dos diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) que impulsiona os ativos de risco nesta segunda-feira.
Tudo por causa de algo que nem vai acontecer hoje. Os investidores preparam-se para a divulgação do índice de preços ao consumidor norte-americano em agosto. Mas o anúncio está previsto apenas para amanhã.
A expectativa é de que o índice, mais conhecido pela sigla CPI, continue mostrando desaceleração da alta dos preços nos Estados Unidos.
O CPI de agosto será o último dado do quebra-cabeças inflacionário a ser levado em consideração pelos diretores do Fed na próxima reunião de política monetária, que vai acontecer apenas no meio da semana que vem.
Mesmo que a desaceleração se confirme, ela não deve alterar a projeção de mais uma alta de 0,75 ponto porcentual na taxa básica de juro nos EUA na semana que vem.
Entretanto, tal leitura servirá como um estímulo à esperança dos investidores de que o Fed possa sinalizar uma postura mais branda em relação aos próximos passos da política monetária norte-americana.
De qualquer modo, não vai ser fácil antecipar o que se passa na cabeça dos diretores do Fed. Eles já estão no chamado “período de silêncio” e não devem oferecer pistas muito claras antes da reunião da semana que vem.
Enquanto o CPI de agosto dá o tom deste início de semana lá fora, por aqui, o destaque da agenda de indicadores fica por conta do IBC-Br. Considerado um termômetro oficial do PIB brasileiro, o IBC-Br de julho deve sinalizar desaceleração econômica em relação a junho. Mas o dado só sai na quinta-feira.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua manhã". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
O que você precisa saber hoje
REPORTAGEM ESPECIAL
Sobrevivente da safra de IPOs da pandemia, a Vamos (VAMO3) segue crescendo — e a concorrência no aluguel de caminhões, também. Se antes a empresa nadava sozinha neste mar, outras companhias também desejam uma fatia desse mercado ainda pouco explorado.
AQUISIÇÃO DE LUXO
Iguatemi (IGTI11) paga R$ 667 milhões para ser a única dona do shopping JK Iguatemi. Inaugurado em 2012, o empreendimento é um dos principais shoppings centers do Brasil e já fazia parte do portfólio da companhia. Veja detalhes do negócio.
ESTENDENDO A PARCERIA
Cielo (CIEL3) fecha acordo com a Meta para viabilizar pagamentos entre usuários e empresas. A parceria entre as duas companhias começou em 2020, quando a dona do Facebook fez as primeiras tentativas de oferecer os pagamentos via WhatsApp no Brasil.
ARRUMANDO A CASA
Endividada, Kalunga adia expansão de lojas e retoma planos para IPO bilionário no próximo ano. A empresa chegou a fazer os trâmites regulatórios para abrir o capital em 2020, mas a volatilidade do mercado atrapalhou o caminho até a B3.
PREVISÕES PARA O COPOM
Um dos maiores especialistas em inflação do país diz que não há motivos para o Banco Central elevar a taxa Selic em setembro. Heron do Carmo, economista e professor da FEA-USP, prevê que o IPCA registrará a terceira deflação consecutiva em setembro.
GOD SAVE THE KING
Charles 3º foi proclamado rei há menos de dois dias e já é alvo da primeira polêmica de seu reinado. Viralizou na internet um vídeo do monarca de 73 anos, que já é conhecido pela falta de carisma, exigindo que funcionários limpassem sua mesa.
PATRIMÔNIOS (E CACHÊS) MILIONÁRIOS
Coldplay, Dua Lipa e Ivete Sangalo: qual o tamanho da fortuna dos artistas que se apresentaram no último final de semana do Rock in Rio. Estima-se que o festival tenha movimentado R$ 1,7 bilhão até domingo e, com o sucesso financeiro, ganha fôlego para trazer aos palcos artistas com cachês milionários.
Uma boa semana para você!