Site icon Seu Dinheiro

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais aguardam novas sanções à Rússia; Ibovespa acompanha movimentações políticas, greve do BC e inflação nos próximos dias

Presidente russo, Vladimir Putin, sentado em uma mesa com fone ouvido

O presidente da Rússia, Vladimir Putin. Ao fundo, o ministro Sergei Lavrov.

A semana começa com os investidores de olho no conflito ucraniano, cujas negociações não avançaram muito desde a última conversa com a Rússia. Ao mesmo tempo, o Federal Reserve permanece no radar das bolsas pelo mundo nesta segunda-feira (04). 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Durante o final de semana, Mary Daly, presidente distrital do Fed de São Francisco, afirmou que o argumento para elevação dos juros em 50 pontos-base “cresceu” nas últimas semanas. Em outras palavras, esse é mais um sinal de que o Banco Central americano deve adotar um tom mais agressivo contra a inflação.

Enquanto isso, no cenário doméstico, o fim do período de janela partidária, quando parlamentares podem trocar de partido sem perda de mandato, terminou na última sexta-feira (1º). Além disso, a desincompatibilização de membros do governo para concorrer a cargos públicos também terminou no último sábado (02). 

Ou seja, as movimentações políticas para as eleições de outubro começam a ganhar contornos mais bem definidos. Entretanto, isso pode estressar a bolsa local, com a perspectiva de que alguns candidatos, não tão favoráveis ao mercado, comecem a ganhar destaque. 

No pregão da última sexta-feira (1º), o Ibovespa avançou 1,31%, aos 121.570 pontos, uma alta de 2,09% na semana. Ao mesmo tempo, a moeda norte-americana caiu 1,97%, a R$ 4,6673, recuo de 1,69% no mesmo período.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Saiba o que deve movimentar as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta semana:

Incertezas em uma gigante da bolsa

O cenário político é o pano de fundo do Ibovespa esta semana. No entanto, as movimentações em uma das maiores empresas da bolsa brasileira podem chacoalhar o bom humor dos negócios. 

A nomeação do economista Adriano Pires para a presidência da Petrobras (PETR4) pode estar ameaçada. Pires é sócio da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Óleo e Gás Canalizado (Abigás), além da participação de um de seus filhos no conselho do Centro Brasileiro de Infraestrutura, o que pode gerar conflito de interesses.

Efeito dominó

Somado a isso, Rodolfo Landim desistiu de presidir o conselho da estatal e permaneceu no cargo de presidente do Flamengo. A nota oficial afirma que Landim pretende se dedicar ao clube, mas o jornal O Globo mostrou que ele possui relação próxima com Carlos Suarez, sócio de oito distribuidoras de gás no Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A proximidade com Suarez também é um dos motivos levantados para que Pires também desista da sua candidatura à presidência da Petrobras. No entanto, o economista ainda não se pronunciou sobre a desistência.

Dança das cadeiras na estatal

Adriano Pires substitui o general Joaquim Silva e Luna após uma disparada nos preços dos combustíveis. A alta da gasolina está relacionada à política de preços, que segue o mercado internacional, da Petrobras. 

Diversas medidas tomadas pelo governo federal visam limitar o avanço dos combustíveis — que geram um efeito em cadeia na inflação. No entanto, com o preço do barril de petróleo acima dos US$ 100, esse controle fica cada vez mais difícil. 

E a principal commodity do mundo…

Nesta segunda-feira, o barril de petróleo Brent, utilizado como referência internacional, é negociado em alta de 0,19%, cotado a US$ 104,62. A tensão entre Ucrânia Rússia fez disparar o preço da principal commodity energética do mundo desde o início do conflito em 24 de fevereiro. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Atenção hoje

Para completar o panorama doméstico, a paralisação dos servidores do Banco Central continua nesta segunda-feira. Assim sendo, a divulgação do Boletim Focus e de outras publicações do BC ficam sem horário definido nesta semana. 

Bolsas no exterior: o que movimenta a semana por lá

O investidor internacional acompanha a divulgação da ata da última reunião do Fomc, o Copom americano, na próxima quarta-feira (06). Até lá, as falas de representantes do Federal Reserve devem movimentar o sentimento das bolsas. 

Um aperto monetário mais intenso do que o esperado pode migrar recursos de ativos de maior risco — como as bolsas — para os de menor risco — e o favorito nesse cenário são os títulos do Tesouro americano, os Treasuries.

Contudo, a continuidade da guerra entre russos e ucranianos pode fazer as autoridades monetárias de Estados Unidos e União Europeia reverem seus planos de alta nos juros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que movimenta as bolsas lá fora

Na Ásia, o fechamento do mercado foi positivo, com o apetite de risco dos investidores nas alturas, após relatos de que a China está se preparando para dar aos órgãos reguladores dos EUA acesso a relatórios de auditoria de uma parcela das 200 empresas chinesas listadas em Nova York. 

Vale relembrar que o setor de tecnologia chinesa, que tem ações em Wall Street, é alvo constante dos reguladores norte-americanos, em especial no ponto da segurança digital. Dessa forma, o acordo deve aliviar as tensões entre os países. 

Enquanto isso, a Europa avança sem força, de olho nos desdobramentos da guerra. O Conselho Europeu deve se reunir mais uma vez ao longo da semana para anunciar novas sanções à Rússia. 

De maneira semelhante, os futuros de Nova York operam sem direção definida, antes de uma semana recheada de falas de dirigentes do Federal Reserve. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Agenda da semana

Segunda-feira (04)

Terça-feira (05)

Quarta-feira (06)

Quinta-feira (07)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sexta-feira (08)

Exit mobile version