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MP contraria bancos e pede fim do processo de recuperação judicial da Oi; ações OIBR3 saltam mais de 12%

oi oibr3 telecom

As ações da Oi (OIBR3) experimentam uma volatilidade intensa depois da volta do feriado. Ontem elas chegaram a cair mais de 11% e fecharam o dia no vermelho, já nesta sexta-feira (18), por volta das 14h50, saltam 12,5%, cotadas em R$ 0,18.

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As oscilações bruscas podem ser explicadas, em partes, pelo preço baixo dos papéis. Mas os ativos também disparam ou despencam cada vez que o mercado descobre uma novidade sobre as finanças da companhia.

Vale relembrar que a companhia propôs recentemente um grupamento de ações na proporção de 50 para 1 para juntar os papéis em blocos maiores, elevar a cotação e sair do patamar de penny stock — como são conhecidos os ativos negociados por menos R$ 1 na B3.

Guerra nos tribunais

O golpe mais recente para as ações da Oi havia sido a notícia de que os bancos credores da empresa solicitaram a prorrogação do processo de recuperação judicial.

Mas o Ministério Público fez o pedido oposto nesta semana. Segundo informações do Broadcast, os promotores alegam que a Oi já cumpriu todas as obrigações previstas para os primeiros dois anos do plano e enviaram ao juiz responsável pelo caso um requerimento de encerramento da recuperação.

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Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Itaú Unibanco, por outro lado, querem que o processo de recuperação judicial siga em curso até receberem os valores devidos pela operadora ainda neste ano. Os credores pedem ainda o bloqueio dos recursos obtidos com a venda da unidade de telefonia da móvel da Oi para as rivais.

Já a companhia argumenta que tem obrigação legal de iniciar o pagamento aos credoras apenas em 2024, se houver caixa suficiente para quitar dívidas e manter as operações.

Oi (OIBR3) registrou novo rombo no terceiro trimestre

Antes da solicitação dos credores, o desempenho financeiro já havia pesado sobre o balanço da Oi. O balanço divulgado na semana passada mostrou que a Oi teve um prejuízo de R$ 3,064 bilhões no terceiro trimestre.

Embora o número represente uma redução de 36,3% em relação ao resultado negativo de R$ 4,813 bilhões registrado no mesmo período do ano passado, aprofunda as perdas de R$ 321 milhões do trimestre imediatamente anterior.

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Já a dívida líquida, métrica importante para entender como anda a saúde financeira da companhia em recuperação judicial, ficou em R$ 18,334 bilhões. Trata-se de uma redução de 38,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Após analisar o balanço, o BTG Pactual manteve a recomendação neutra para as ações OIBR3. O banco, no entanto, revisou o preço-alvo dos papéis para R$ 0,25 por ação — o que representa um potencial de valorização de 56,25% em relação ao fechamento de hoje.

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