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Dólar vai ao menor nível em dois anos com mais um dia de forte entrada de dinheiro gringo na B3; Ibovespa ignora cautela em NY

Dólar em queda

A guerra na Ucrânia logo completará um mês, e as notícias que chegam do leste europeu agora parecem se tratar de mera rotina, disputando espaço com a pressão inflacionária e o futuro da economia global. 

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As negociações para um cessar-fogo não andam, o governo russo não mostra sinais de que as sanções econômicas são suficientes para parar a investida militar, e mais dirigentes do Federal Reserve voltam a defender uma alta mais agressiva na taxa de juros. 

Rotineiramente, as bolsas americanas reagem mal a esses fatores e, por isso, amargaram mais um dia de perdas significativas nesta quarta-feira (23). Já o Ibovespa nada com facilidade no sentido contrário. 

A alta de 5% do petróleo voltou a escancarar para o mundo como as petrolíferas brasileiras podem ser uma joia na carteira dos investidores e, por isso, a bolsa brasileira encerrou o dia em alta de 0,16%, aos 117.457 pontos. A instabilidade dos primeiros minutos do pregão não persistiu ao longo do dia. 

Mas quem segue sendo o verdadeiro destaque é o dólar, que engatou o sexto pregão seguido de queda e já é negociado a R$ 4,8442, após um recuo de 1,44% – sustentado principalmente pelo forte fluxo estrangeiro em direção às companhias produtoras de commodities.  Esse é o menor nível para a moeda americana frente ao real desde março de 2020. 

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No mercado de juros, os investidores seguem projetando o encerramento do ciclo de alta da Selic já na próxima reunião. Confira:

CÓDIGONOMEULT FEC 
DI1F23DI jan/2312,98%12,95%
DI1F25DI Jan/2512,09%12,07%
DI1F26DI Jan/2611,88%11,86%
DI1F27DI Jan/2711,85%11,85%

Sem sinal de trégua

As negociações entre Rússia e Ucrânia parecem não caminhar em direção a um cessar-fogo. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) voltou a dizer que caso o exército russo faça uso de armas químicas, haverá consequências ainda maiores. 

Enquanto isso, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky mais uma vez fez um apelo para que mais países ampliem suas sanções contra o governo russo, na intenção de tentar mais uma vez dissuadir a investida militar de Moscou. 

Os Estados Unidos devem anunciar novas sanções à Rússia na próxima quinta-feira. O mercado também analisa com apreensão a possibilidade de que países da Europa restrinjam a importação do petróleo russo. 

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Pressão extra

Não foi apenas a incerteza em torno do conflito no leste europeu que pressionou a cotação do petróleo acima da casa dos US$ 120 por barril. O gasoduto Caspian, localizado no Cazaquistão, sofreu avarias após uma tempestade e interrompeu o fluxo de petróleo, aumentando a pressão sobre a oferta da commodity. 

Segundo especialistas, a interrupção pode levar a uma redução de 1 milhão de barris de petróleo. No exterior, o cenário amplia o termo inflacionário. Com isso, as bolsas americanas encerraram a sessão em forte queda. 

Sobe e desce do Ibovespa

Com o forte fluxo estrangeiro e o ajuste para baixo visto na curva de juros, o setor de varejo e consumo foi um dos principais destaques do dia. O mercado vê espaço para que o Copom encerre o ciclo de alta da Selic já na próxima reunião. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVAR
SOMA3Grupo SomaR$ 14,097,15%
LREN3Lojas Renner ONR$ 26,155,54%
GETT11Getnet unitsR$ 3,695,43%
CVCB3CVC ONR$ 14,564,52%
MRVE3MRV ONR$ 11,843,41%

A forte queda do câmbio dos últimos dias e o retorno ao patamar de 2020 pesa sobre as empresas exportadoras, que tradicionalmente se beneficiam de um cenário de dólar mais alto. Confira também as maiores quedas:

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CÓDIGONOMEVALORVAR
BRFS3BRF ONR$ 16,55-3,95%
FLRY3Fleury ONR$ 15,57-3,95%
BEEF3Minerva ONR$ 11,24-3,44%
CPLE6Copel PNR$ 7,57-3,44%
SUZB3Suzano ONR$ 59,85-2,32%

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