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Dólar segue renovando mínimas do ano com fluxo estrangeiro intenso; bolsa supera os 117 mil pontos

Bull market Ibovespa bolsa dólar

O apetite a risco internacional contagiou os investidores do Ibovespa nesta terça-feira (22). Nem mesmo o tom mais duro do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, contra a inflação desagradou os investidores, garantindo um dia de recuperação para Wall Street e uma ampliação dos ganhos para a bolsa local. 

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O principal índice da B3 encerrou o dia em alta de 0,96%, aos 117.272 pontos. O dólar à vista recuou 0,59%, a R$ 4,9152. O que garantiu o fôlego extra foi mais uma vez o comportamento das empresas produtoras de petróleo, ainda que o setor de mineração e siderurgia tenha tido um dia de perdas. 

O fluxo positivo gerado pelo investidor estrangeiro fez mais uma vez a diferença por aqui, mas não há como negar que o cenário geopolítico segue conturbado e sem expectativa de melhoras.

A Petrobras foi uma das empresas que não conseguiram aproveitar o cenário de apetite por risco, já que segue assombrada pela perspectiva de que o governo federal promoverá mudanças no comando da empresa para controlar a elevação dos preços dos combustíveis.

No mercado de juros, as falas de Powell entraram em conflito com o novo alinhamento proposto pelo BC brasileiro e os principais vencimentos fecharam em queda.

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Nesta manhã, a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária brasileiro (Copom) reforçou o cenário alternativo que será seguido na definição dos próximos passos.

Com isso, os investidores enxergam que o ciclo de alta da Selic deve se encerrar na próxima reunião, mesmo com os efeitos da guerra no leste europeu ainda desconhecidos.

CÓDIGONOMEVALORFEC 
DI1F23DI jan/2312,94%12,92%
DI1F25DI Jan/2512,04%12,20%
DI1F26DI Jan/2611,84%12,00%
DI1F27DI Jan/2711,83%11,99%

A nuvem do Fed

O olhar dos investidores se voltou mais uma vez para o Federal Reserve. No começo da semana, Jerome Powell admitiu que pode elevar os juros de uma forma mais rápida se for preciso. Hoje foi a vez de James Bullard, presidente do Fed de St. Louis e conhecido por pregar uma atuação mais firme do BC americano, dizer que a será preciso ser mais agressivo para conter o quadro inflacionário. 

Após a declaração, o mercado passou a precificar uma chance maior de que a alta da próxima reunião seja de 0,50 ponto percentual e não mais de 0,25 pp como vinha sendo esperado, o que levou o rendimento dos títulos do Tesouro americano a operar em alta ao longo do dia. 

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Sobe e desce do Ibovespa

Com a ata do Copom indicando que a Selic terminal está próxima, os investidores se sentiram mais seguros para apostar em empresas tradicionalmente prejudicadas pelas taxas de juros elevadas.

Já a Eneva teve bom desempenho após a divulgação do seu balanço do quarto trimestre com números que agradaram o mercado. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
AMER3Americanas S.AR$ 28,396,93%
ENEV3Eneva ONR$ 14,296,72%
CASH3Meliuz ONR$ 2,296,51%
BIDI11Banco Inter unitR$ 19,015,85%
SOMA3Grupo SomaR$ 13,175,78%

A queda do minério de ferro na China fez com que as empresas de mineração e siderurgia devolvessem parte dos ganhos recentes, mas isso não apaga o otimismo do setor com a manutenção de estímulos monetários e fiscais ao setor de infraestrutura chinês. Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
VALE3Vale ONR$ 96,73-2,11%
JBSS3JBS ONR$ 36,97-1,75%
BRAP4Bradespar PNR$ 35,86-1,59%
GGBR4Gerdau PNR$ 29,95-1,42%
BEEF3Minerva ONR$ 11,62-1,19%
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