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Sem apoio de NY, Ibovespa recua 0,8% e estaciona nos 111 mil pontos; dólar inverte o sinal e fecha em alta, a R$ 4,75

Montagem do touro dourado pequeno encarando urso dourado maior na frente da B3 Ibovespa, bolsa, ações

O início desta semana marcou a chegada de uma nova frente fria a São Paulo. A bolsa brasileira, cuja sede fica na capital paulista, sentiu a queda da temperatura. Com o mercado norte-americano fechado por conta do feriado do Memorial Day, o clima no Ibovespa foi dominado pelo noticiário nacional.

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Assim como o solzinho que apareceu durante a manhã na cidade, a segunda-feira (30) até começou positiva para o índice. O retorno das atividades econômicas em várias regiões da China trouxe otimismo para a renda variável.

Mas uma ventania provocada pela Petrobras (PETR4) trouxe nuvens escuras que eclipsaram as boas notícias.

Outra vez descolada das cotações do petróleo, a estatal recuou devido aos ruídos causados pela nova troca de comando e rumores de uma possível mudança na política de preços dos combustíveis.

A petroleira também está no olho de outro furacão: a discussão do ICMS sobre os combustíveis. 

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Com a aprovação de um projeto que limita as alíquotas do imposto na Câmara, o mercado aguarda para ver se a proposta de criação de uma conta de equalização —  a ser abastecida com dividendos pagos pela Petrobras — vai para frente no Senado. 

O mercado monitorou ainda as últimas novidades de uma tempestade que só deve cair em outubro, mas já preocupa há meses: a corrida eleitoral.

Dias depois de o Datafolha ter indicado uma possível vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já em primeiro turno, hoje foi a vez de o Instituto FSB mostrar a mesma tendência na mais recente edição de uma série de sondagens encomendada pelo banco BTG Pactual.

A pesquisa de intenção de voto no primeiro turno mostrou o petista com 46% da preferência. O presidente Jair Bolsonaro (PL) segue com 32%.

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Em meio a esse contexto — que foi fortalecido pela baixa liquidez provocada pelo fechamento das bolsas de NY — o Ibovespa encerrou o primeiro pregão da semana em queda de 0,81%, aos 111.032 pontos.

Já o dólar, que começou o dia em baixa, inverteu o sinal e ganhou força ao longo da sessão. Impulsionada pelo cálculo da última Ptax —  taxa de câmbio do Banco Central utilizada como referência para os contratos futuros — do mês, a moeda norte-americana subiu 0,33%, a R$ R$ 4,7489.

Confira também o fechamento dos principais contratos de DI:

CÓDIGONOME ULT  FEC 
DI1F23DI jan/2313,33%13,41%
DI1F25DI Jan/2512,12%12,38%
DI1F26DI Jan/2612,24%11,98%
DI1F27DI Jan/2711,23%11,92%

Sobe e desce do Ibovespa

Apoiada pelo novo fôlego do câmbio, a Braskem (BRKM5) foi um dos destaques do Ibovespa hoje. Rumores de uma possível venda conjunta da Ultrapar e Votorantim também ajudaram a impulsionar os papéis da petroquímica, cujo avanço só não superou o da BB Seguridade (BBSE3). Confira as maiores altas do dia:

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CÓDIGONOMEULTVAR
BRKM5Braskem PNAR$ 43,982,61%
BBSE3BB Seguridade ONR$ 26,592,55%
MRFG3Marfrig ONR$ 14,821,72%
MULT3Multiplan ONR$ 24,221,68%
BEEF3Minerva ONR$ 14,231,64%

Veja também as maiores baixas:

CÓDIGONOMEULTVAR
LWSA3Locaweb ONR$ 6,66-5,13%
MRVE3MRV ONR$ 9,73-4,33%
YDUQ3Yduqs ONR$ 16,52-4,23%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 3,85-3,75%
AMER3Americanas S.AR$ 20,68-3,77%

O que vem por aí?

O dado mais importante dos próximos dias será divulgado na quinta-feira (02). O PIB brasileiro do primeiro trimestre deve auxiliar na recalibragem das expectativas com a economia local. 

Além disso, o governo adiou mais uma vez a divulgação do Caged, que mede a geração de emprego formal no país. O dado deve ser divulgado na terça-feira (31).

Ao longo da semana, tanto os investidores domésticos quanto os internacionais também permanecem de olho nas cotações do barril de petróleo.

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Isso porque uma reunião da Opep+ está marcada ainda para esta semana, bem como a divulgação dos estoques de petróleo dos Estados Unidos e um novo pacote de sanções à commodity russa por parte da União Europeia.

Ainda nos próximos dias deve acontecer ainda tradicional bateria de divulgação de relatórios de emprego nos Estados Unidos. 

Começando na quarta-feira (1º) com o relatório Jolts de emprego, na sequência, a publicação ADP de postos de trabalho privados na quinta-feira e, finalmente, na sexta-feira (03), o payroll, a folha de pagamento dos EUA. No último dia da semana, os investidores ainda conhecerão a taxa de desemprego norte-americana. 

A publicação que traz as perspectivas para a economia dos EUA também acontece nesta semana. Na quarta-feira, o Federal Reserve publica o Livro Bege, que deve trazer um panorama mais detalhado da atividade por lá. 

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